A banana foi desenvolvida pela Universidade de Queensland,
na Austrália, e contém 20 vezes mais betacaroteno do que as bananas
tradicionais.
(Universidade de Queensland/Divulgação) |
Essa molécula (naturalmente presente em alimentos como cenoura,
espinafre e ervilha) é essencial para o bom funcionameno do corpo humano, pois
é transformada pelo organismo em vitamina A. Em crianças pequenas, com menos de
cinco anos, a falta de vitamina A é especialmente grave – pois pode prejudicar
o sistema imunológico, levando a infecções graves. Acredita-se que, a cada ano,
de 600 mil a 750 mil crianças morram por problemas de saúde relacionados à
deficiência de vitamina A.
A maioria dos casos acontece na África, em países como
Uganda – onde a banana cozida é um elemento central da alimentação. Os
cientistas australianos receberam US$ 10 milhões da Fundação Bill & Melina
Gates para criar a banana transgênica, que foi batizada de “banana dourada”.
Ela é uma banana do tipo Cavendish, o mais comum (inclusive no Brasil) que
recebeu genes de outra espécie de banana: a Fe’i, que é nativa de Papua Nova
Guiné e conhecida por conter alto teor de betacaroteno.
O resultado do transplante genético foi a banana dourada,
que contém muito mais betacaroteno que a Cavendish comum – e, por isso mesmo, é
bem mais amarela. Após 12 anos de testes de laboratório e em plantações, os
cientistas finalmente chegaram à nova espécie. Ela ainda tem de ser
aperfeiçoada, ficando mais resistente e produtiva, para que possa ser cultivada
em grande escala na África – o que, segundo os pesquisadores, pode acontecer
até 2021. Veja, abaixo, um vídeo da nova banana:
Fonte: superinteressante
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