Pesquisa inglesa mostrou que as aves mais rosadas criadas em
cativeiro têm mais energia para disputar alimentos. Entenda essa história
Um novo estudo da Universidade de Exeter e do WWT Slimbridge
Wetland Center, ambos na Inglaterra, mostra que quanto mais forte a cor de um
flamingo, mais agressivo o animal pode ser na hora de comer. A pesquisa foi
publicada nesta segunda-feira (8) na revista científica Ethology.
Os flamingos vivem em bandos e sua coloração vem da
alimentação rica em carotenoides,
substâncias naturais que dão cor a uma série de frutas e verduras e
também a algas e camarões, dos quais os flamingos se alimentam. Por isso, uma
cor mais intensa indica que o animal está saudável e pronto para se reproduzir.
"Um flamingo saudável, que é um alimentador eficiente - demonstrado por
suas penas coloridas - terá mais tempo e energia para ser agressivo e dominante
ao se alimentar", explica Paul Rose, da Universidade de Exeter, em nota.
Rose estudou o comportamento de flamingos em diferentes
situações de alimentação: em um ambiente fechado pequeno com comida em um
espaço restrito (uma tigela); em um ambiente fechado maior, mas ainda com
comida em um espaço restrito; e ao ar livre, com alimentos disponíveis em uma
grande área.
Ao ar livre, os aves brigavam menos em comparação com os
ambientes fechados. "Quando os pássaros precisam se reunir para conseguir
comida, eles brigam mais e, portanto, passam menos tempo se alimentando",
observa Rose.
O pesquisador entende que, em cativeiro, nem sempre é
possível alimentar essas aves ao ar livre, principalmente em países com inverno
rigoroso, já que os flamingos são nativos de áreas tropicais. "No entanto,
este estudo mostra que eles devem ser alimentados em uma área tão ampla quanto
possível”, recomenda o especialista.
Com essa pesquisa, Paul se mostrou animado em sugerir
mudanças a zoológicos e santuários para
ajudar na criação dos flamingos. “Como resultado, ficamos com flamingos mais
rosados e relaxados", afirma.
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