Por
Bruno Corrêa Barbosa
A GRANDE MAIORIA DAS
ESPÉCIES DE ABELHAS CONHECIDAS É DE VIDA SOLITÁRIA, REPRESENTADO 85% DAS
ESPÉCIES.
FOTO Bruno C. Barbosa © |
Caracterizadas por espécies na qual uma única
fêmea coleta seu alimento, constrói e defende seu próprio ninho e oviposita sem
a ajuda de outras abelhas. Depois de cumpridas todas estas tarefas ela morre,
sem que haja contato com as outras gerações. Segundo diversos autores, a fêmea
fundadora dos ninhos de algumas espécies, tem controle sobre o sexo das suas
crias, e sua escolha esta relacionada com a disponibilidade de recursos florais, no qual meses de maior
disponibilidade de recursos fará com que probabilidade de emergirem fêmeas seja
maior.
As Abelhas
Solitárias têm papel importante na
biologia reprodutiva de muitas espécies vegetais da região neotropical, agindo
como vetores de pólen de plantas de várias espécies vegetais. Machos da tribo
Euglissini coletam compostos aromáticos
de diversas flores e de outras fontes extraflorais; estes compostos são
aparentemente importantes no processo reprodutivo dessas abelhas, atuando na
demarcação de territórios e atração das fêmeas.
No Brasil, o uso de abelhas
solitárias na polinização de culturas agrícolas é pequeno. Os primeiros
trabalhos realizados apontam a eficiência de algumas espécies de abelhas
solitárias para polinização de plantas de interesse econômico, como acerola,
caju e maracujá. Além desta aplicabilidade do conhecimento acumulado sobre as
abelhas solitárias, estes estudos podem representar um passo importante para
sua conservação, especialmente daquelas espécies ocorrentes em ecossistemas
ameaçados, como a Mata Atlântica Brasileira.
Essas abelhas podem ser
estudadas por métodos de coleta ativa com redes entomológicas, iscas atrativas
e com utilização de ninhos-armadilha. Estas técnicas podem resultar em diversos
trabalhos, onde será possível conhecer um pouco mais sobre diversidade,
abundância e biologia das espécies estudadas, avaliando também suas relações
com as alterações do ambiente e seu nível de conservação, além de conhecer os
possíveis efeitos da fragmentação.
A comunidade de Abelhas
Solitárias pode sofrer influências negativas das ações antrópicas, como a
remoção da flora nativa e atividades de ornamentação, como podas e capinas em
áreas de vegetação cultivada, e a criação de praças, parques e jardins, contribuindo
para a diminuição da ocorrência de abelhas nessas áreas ou favorecendo espécies
generalistas que utilizem recursos de plantas cultivadas como as Apis
melíferas. De modo geral, áreas com maior quantidade de cobertura de vegetação
possuem maior abundância e diversidade de Abelhas Solitárias (Euglossina). Por
isso, essas abelhas são consideradas bioindicadoras do estado de conservação de
áreas.
Fonte;
infoescola
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