Não há previsão de que nenhuma vacina fique pronta antes de
2021
O governo americano fechou acordo com as companhias Johnson
& Johnson e Moderna INC, e disse estar em negociação com ao menos outras
duas empresas, para o desenvolvimento de vacinas contra o novo coronavírus. O
plano da J& J, segundo a própria farmacêutica, envolve US$ 1 bilhão (R$
5,19 bilhões) para produção massiva do imunizante – US$ 420 milhões de verba
pública. Não há previsão de que nenhuma vacina fique pronta antes de 2021 – a
J&J deve iniciar o teste em humanos até setembro e a Moderna já começou os
primeiros testes do tipo neste mês.
A Autoridade para Desenvolvimento e Pesquisa Biomédica
Avançada (Barda, na sigla em inglês), órgão ligado ao governo dos EUA, disse
que prevê apoiar cinco ou seis candidatos à vacina, com a expectativa de ter
dois ou três com êxito.
Conforme a farmacêutica, há possibilidade de obter
autorização para uso emergencial, o que tornaria possível fazer com que o
imunizante fique disponível no início do ano que vem. A tecnologia que será
usada é a mesma de uma vacina experimental contra ebola, trabalho que também é
conduzido pela empresa.
Segundo o canal americano CNBC, a empresa está aumentando
sua capacidade de fabricação nos Estados unidos e em outros países para
produzir mais rápido a potencial vacina. Assim, a companhia afirma que prevê
fabricar mais de 1 bilhão de doses. A empresa não informou qual seria o preço
estimado para venda do produto, mas prometeu oferecer por um valor acessível.
A Moderna iniciou testes em humanos por uma vacina usando
uma nova abordagem que foca o RNA mensageiro do vírus, um tipo de material
genético. A francesa Sanofi começou trabalho em linha semelhante.
Este mês, o governo chinês informou ter autorizado testes em
humanos de uma vacina em desenvolvimento pela Academia Nacional de Ciências,
onde a doença foi registrada pela primeira vez em dezembro.
Especialistas estimam ao menos de 12 a 18 meses para que um
imunizante chegue ao mercado, após testes. Segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS), há dezenas de vacinas em desenvolvimento, mas ainda é preciso ter
clareza sobre quais têm maior potencial. “O que precisamos é de análise sobre
as candidatas com maior potencial e a aí vamos investir nessas”, disse Seth
Berkley, presidente da Gavi, aliança global por Vacinas e Imunização.
Via | Estadão
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