Quando você se vê cara a cara com uma aranha, você grita,
chama alguém, ou simplesmente corre. Quem tem medo, enxerga a aranha muito
maior do que ela realmente é, mas isso pode deixar de não ser uma simples
ilusão. Aos aracnofóbicos, temos uma notícia não muito boa: as aranhas das
cidades estão se tornando cada vez maiores e com capacidade reprodutiva
aumentada, segundo uma pesquisa feita na Austrália.
O estudo foi realizado na costa leste da Austrália, nele
verificou que a espécie Nephila plumipes
está se adaptando/evoluindo nas cidades grandes. Quando comparado com a
mesma espécie selvagem, nota-se suas fiandeiras (estrutura usada para tecer as
teias) e ovários maiores que possibilitam um aumento na capacidade reprodutiva
das fêmeas.
A iluminação artificial durante a noite nas cidades,
aumentam a oferta de alimento para as aranhas que, sem muitos predadores
naturais acabam tendo mais sucesso e se adaptando melhor. A temperatura mais
alta nos grandes centros também pode ser um contribuinte. Os especialistas
acreditam que essas seriam boas explicações para adaptação/evolução dessas
aranhas.
Mesmo com essa notícia de causar arrepios, não precisa sair
por aí tentando acabar com todas elas, pois, assim como outros animais, aranhas
são peças fundamentais do ecossistema terrestre. Sem a presença delas, muitos
insetos herbívoros se tornariam pragas da agricultura. Em contrapartida, as
aranhas servem de alimentos para diversas espécies de pequenos pássaros,
anfíbios e répteis.
Há cada vez mais evidências de que a vida da cidade está
impulsionando mudanças físicas e biológicas na vida selvagem. Compreender os
efeitos da urbanização sobre a vida selvagem é essencial para a manutenção da
biodiversidade nas cidades. Ter plantas e animais nativos em nossas cidades não
é apenas importante para conservação, é também essencial para a nossa saúde e
educação.
via diariodebiologia
via diariodebiologia
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