Apesar de ser dado atualmente
como uma certeza, existindo uma grande luta de entidades governamentais e
não-governamentais contra a doença, como toda questão científica, há
controvérsias quanto ao HIV. Por incrível (e estranho) que pareça, cientistas
renomados já contestaram que o vírus seja uma ameaça, como é o famoso caso do
cientista Peter Duesberg, Ph.D em química e especialista em virologia que
ganhou vários prêmios importantes por seus trabalhos, mapeando o retrovírus em
1970. De acordo com o cientista, a AIDS não seria causada por um vírus, mas
pelo abuso de drogas, inclusive as utilizadas para o seu tratamento, e por maus
hábitos de vida, o que levaria ao desenvolvimento da doença. E pasmem: sua
teoria afirma que o vírus é inofensivo, e tende a desaparecer naturalmente com
o tempo do organismo do portador!
Tentando contrariar a indústria
farmacêutica, que infelizmente obtêm grandes lucros com a venda de remédios,
preservativos e pesquisas sobre o vírus, Duesberg apontou vários fatores para
demonstrar que sua teoria estava correta, dentre eles: 1) mesmo com milhares de
casos registrados de AIDS nas últimas décadas, não há registros de contaminação
de médicos ou enfermeiros, o que para ele demonstra que a doença não é
contagiosa; 2) mais de 85% dos casos de AIDS ocorrem em homens, não sendo para
ele explicável a baixa ocorrência em mulheres. Além disso, quase 70% desses
pacientes são homossexuais usuários de drogas; 3) o HIV não se encaixa nos
critérios estabelecidos para doenças virais, pois enquanto todos os outros
vírus se manifestam em dias ou semanas, este pode levar mais de uma década para
demonstrar os primeiros sinais; 4) se a AIDS fosse de origem viral, ou os
pacientes criariam resistência ao vírus, ou teria ocorrido uma epidemia
devastadora, o que não ocorreu, já que a doença não cresceu exponencialmente
nos últimos anos. Pelo contrário, os números de casos têm reduzido
consideravelmente.
Com tais argumentos, Duesberg
afirma que a causa da manifestação do vírus no organismo do infectado após
tantos anos não seria por outra razão se não pelo uso abusivo de drogas, que
enfraqueceriam o sistema imunológico. Em uma analogia, para ele, tal como o uso
de álcool e cigarros a longo prazo causariam cirrose e câncer de pulmão, os
antirretrovirais causariam a AIDS. Assim, de acordo com Duesberg, existe a
epidemia da AIDS, mas esta seria química (graças aos remédios), e não viral.
Uma teoria absurda
Mas calma, se você pensa que tais
teorias podem ser absurdas, você está certo. A África do Sul implementou entre
1999 e 2007 políticas de saúde baseadas nas teorias do cientista, e o que
aconteceu? Mais de 300 mil mortes ocorreram nesse período! Com a disseminação
do vírus no país africano, Duesberg e sua teoria, que muitos outros cientistas
apoiaram (inclusive ganhadores de prêmios Nobel), caíram em descrédito. Por
isso, a lição que fica é: ao contrário do que se pensa, a ciência, e a voz do
cientista, não são verdades absolutas…
Fonte: Diário de biologia
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