Novo estudo aponta os efeitos da
psilocibina, o princípio ativo presente em cogumelos alucinógenos
COGUMELOS QUE CONTÉM PSILOCIBINA (FOTO: WIKIMEDIA COMMONS) |
Tem aquela lenda urbana do hippie
que tomou chá de cogumelos e nunca mais voltou ao normal. Verdade ou não, o
importante é que em um estudo publicado recentemente, cientistas investigam
mais a fundo o que acontece com o cérebro humano quando ele está sob efeito da
psilocibina, o princípio ativo presente em cogumelos alucinógenos.
Os cientistas analisaram o
cérebro de 15 voluntários que tomaram psilocibina em uma solução intravenosa, e
também receberam placebo em outro momento. Os pesquisadores descobriram um
aumento de atividade nas regiões que, pelo que se sabe, costumam ser ativadas
enquanto estamos sonhando. No entanto, a atividade na região associada com
raciocínios complexos e auto-consciência parecia descoordenada. No estudo,
conexões mais primitivas do cérebro, ligadas ao pensamento emocional, foram
ativadas ao mesmo tempo.
De acordo com os cientistas, a
descoberta mais importante explica porque usuários de cogumelos alucinógenos
costumam descrever a experiência comparando-a a sensação de estar em um sonho.
As áreas primitivas do érebro, associadas às emoções e a memória, que foram
ativadas durante o uso de psilocibina são também associadas a atividade
cerebral durante os sonhos e pareceram funcionar de maneira mais sincronizada e
coordenada durante o efeito da droga.
O próximo passo, para os
estudiosos, é estudar as possibilidades de usar drogas alucinógenas, como a
psilocibina dos cogumelos e o LSD, de maneira terapêutica. Já existem estudos
em curso sobre o efeito do LSD sobre a criatividade, e alguns cientistas
acreditam no poder da psilocibina parar curar doenças como a depressão, por
causa do poder da droga em romper padrões e paradigmas de pensamentos.
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