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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

Mineradora norueguesa tinha 'duto clandestino' para lançar rejeitos em nascentes amazônicas

Além de um vazamento de restos tóxicos de mineração, que contaminou diversas comunidades de Barcarena, no Pará, a gigante norueguesa Hydro usou uma "tubulação clandestina de lançamento de efluentes não tratados" em um conjunto de nascentes do rio Muripi, aponta um laudo divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Evandro Chagas, do Ministério da Saúde. Após negar irregularidades, a Hydro admitiu, em nota, a existência do canal encontrado por pesquisadores. "Durante uma das vistorias, verificou-se a existência de uma tubulação com pequena vazão de água de coloração avermelhada na área da refinaria", afirma a empresa. "Conforme solicitado pelas autoridades, a empresa está fazendo as investigações necessárias para identificar a origem e natureza do material, bem como realizando a imediata vedação desta tubulação." A multinacional produtora de alumínio, cujo acionista majoritário e controlador é o governo da Noruega, voltou ao noticiário br

Etiópia luta para salvar maior lago do país de espécie invasora originária do Brasil

Uma espécie de planta aquática flutuante originária do Brasil está ameaçando o maior lago da Etiópia. Muito encontrado na região amazônica, o jacinto-de-água (Eichhornia crassipes) está se alastrando pelo Lago Tana, que é fonte de sobrevivência para muitas pessoas que vivem na região de Amhara, no noroeste do país. Imagens áreas mostram uma imensidão verde cobrindo parte de sua superfície, que tem 84 km de comprimento e 66 km de largura. Para o cientista ambiental Ayalew Wolde, “a nossa falta de conhecimento e as mudanças climáticas produziram essa imensa tragédia”. O rápido crescimento do jacinto-de-água é resultado especialmente de dois fatores: ele praticamente não tem predadores naturais no lago e tem a reprodução favorecida pelas altas temperaturas da região. Em paralelo à sua expansão, o nível de água caiu. "De 25 metros para 15 metros", lamenta um barqueiro. "A produção de peixes também caiu. A possibilidade de perdermos o Lago Tana

Híbrido de humano com ovelha é desenvolvido por cientistas

Apesar de parecer bizarro, o experimento planeja "criar" órgãos com características humanas destinados para transplante Pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, anunciaram que conseguiram introduzir com sucesso células humanas em um embrião de ovelha— após 28 dias de desenvolvimento, ele foi destruído. O experimento, no entanto, nada tem a ver com o plano de criar um exército bizarro de seres metade ovelha, metade humano. Com essa nova técnica, os cientistas planejam uma   revolução na medicina: caso as pesquisas avancem, seria possível "cultivar" órgãos com caracterísitcas humanas em animais, facilitando a oferta para transplantes. Criada pelos cientistas, a quimera — nome dado a seres híbridos — possui mais de 99% de suas características com a de uma ovelha. Uma pequena parte das informações das células, entretanto, é humana. O caminho para desenvolver órgãos específicos em animais ainda é longo, mas os pesquisadores se animara

Estudo mostra ligação entre desmatamento da Amazônia e queda na produtividade da pesca

Um novo estudo aponta para outra consequência inesperada do desmatamento: redução do rendimento pesqueiro. A pesquisa explorou como o desmatamento ao longo da planície de inundação do rio Amazonas afeta a produção de pesca. O estudo, liderado pelo doutor Leandro Castello, professor do Departamento de Pesca e Conservação da Vida Selvagem na Faculdade de Recursos Naturais e Meio Ambiente do Instituto Politécnico e Universidade Estadual da Virgínia, conhecida como Virginia Tech, no estado da Virgínia, Estados Unidos, foi publicado na versão on-line do periódico científico Fish and Fisheries em 14 de dezembro. Aproximadamente um terço da produção mundial de peixes capturados selvagens vem dos trópicos. As pescas continentais são vitais para a produção de alimentos. A qualidade da área de terra adjacente a um rio, a denominada planície de inundação, pode desempenhar um papel importante na produção de pesqueira. “As florestas das planícies de inundação podem fornecer estrut

Possível solução para lixo nuclear? Fungos que se alimentam dele

Microorganismo pode ajudar a evitar o vazamento de resíduos radioativos - que, só nos EUA, já são 76 mil toneladas Se operadas corretamente, as usinas nucleares são fontes de energia abundante, segura e limpa. Mas elas têm um porém: depois de usado, o combustível nuclear precisa ser armazenado com o máximo de cuidado, já que permanece radioativo por centenas de anos. Só os EUA produzem de 2.000 a 2.300 toneladas de lixo radioativo por ano – e acumularam 76 mil toneladas dele nas últimas quatro décadas. Mas um grupo de cientistas americanos diz ter encontrado a solução: um fungo. Os pesquisadores testaram 27 espécies de fungo e encontraram uma, a Rhodotorula taiwanensis, que tolera altos níveis de radiação e tem certa afinidade pelo lixo radioativo – se colocado em contato direto, o fungo cresce e forma um biofilme que envolve o material, impedindo que ele se espalhe. Segundo os cientistas, ele poderia ser usado em depósitos de resíduos nucleares, como barreira de seguranç

Peixe se reproduz sem sexo e desafia teoria de extinção da espécie

A teoria da evolução sugere que as espécies que se reproduzem de forma assexuada tendem a desaparecer rapidamente, uma vez que seu genoma acumula mutações mortais ao longo do tempo. Mas um estudo sobre um peixe lançou dúvidas sobre a velocidade desse declínio. Apesar de milhares de anos de reprodução assexuada, o genoma da molinésia-amazona (amazon molly, em inglês), que vive no México e no sul dos Estados Unidos, é notavelmente estável ​​e a espécie sobreviveu. Os detalhes do trabalho foram publicados na revista Nature Ecology and Evolution. Há dois caminhos fundamentais pelos quais espécies se reproduzem - a forma sexuada e a assexuada. A reprodução sexuada depende de células especiais reprodutivas masculinas e femininas, como os óvulos e os espermatozoides, juntando-se durante o processo de fertilização. Cada célula sexual contém metade do número de cromossomos das células parentais normais. Depois da fertilização, quando o óvulo e o espermatozóide se

Argentina tem primeiro caso de ameba que 'come cérebro'

Menino contraiu parasita em lagoa a 320 quilômetros da cidade de Buenos Aires e faleceu em 2017, diz jornal. Caso foi divulgado internacionalmente este mês. m menino de oito anos morreu na Argentina após contrair a Naegleria fowleri, conhecida como a ameba que "come cérebros" por destruir o tecido cerebral. É a primeira vez que o caso, raro, é relatado na Argentina, segundo o jornal "Clarín". Ainda de acordo com a publicação, a criança contraiu a ameba em 2017, quando nadava em uma lagoa próxima à província de Junín, localizada a 320 quilômetros da capital Buenos Aires. O menino teve febre, dores de cabeça e vômitos. A criança também apresentou fotofobia e sintomas de meningite – inflamação das membranas que protegem o cérebro. O menino morreu entre cinco e sete dias depois, diz o jornal. Na época, o caso foi relatado em boletim epidemiológico local, mas só foi divulgado na última semana pela Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas.

Os segredos dos morcegos vampiros para viverem só de sangue

Morcegos vampiros desenvolveram suas ferramentas para compensar o baixo valor nutritivo do sangue e as muitas doenças que transporta O “vampiro comum”, um morcego de nome evocativo, desenvolveu suas próprias ferramentas para compensar o baixo valor nutritivo do sangue e as muitas doenças que transporta, integrando, assim, a pequena família de mamíferos amantes de sangue, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira. O “vampiro comum”, um morcego de nome evocativo, desenvolveu suas próprias ferramentas para compensar o baixo valor nutritivo do sangue e as muitas doenças que transporta, integrando, assim, a pequena família de mamíferos amantes de sangue, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira. “Os vampiros comuns têm um regime alimentar extremo, e nesse sentido precisam de muitas adaptações no organismo”, explica à AFP Tom Gilbert, da Universidade de Copenhague, co-autor do estudo. Com sua impressionante mandíbula, seus dois grandes dentes incisivos, e

'Rato de um milhão de dólares': Missão neozelandesa busca erradicar roedor

Navio zarpou rumo às Ilhas Antípodas, perto da Antártica, onde animal virou praga Nova Zelândia - Três cachorros de caça, uma série de equipamentos com sensores, uma ministra e vários membros da força de defesa da Nova Zelândia foram despachados em uma missão especial: caçar um roedor, mais conhecido como o "rato de um milhão de dólares", que vive em ilhas remotas da Antártica. As inóspitas Ilhas Antípodas estão localizadas a 760 quilômetros a sudeste da Nova Zelândia e foram até recentemente o lar de uma população de 200 mil ratos. Acredita-se que esses animais tenham sido introduzidos lá por causa de um naufrágio, há mais de um século. No ambiente das Antípodas, os ratos passaram a representar uma praga: comeram pintinhos de albatrozes vivos, devastaram a vegetação e ameaçaram a vida de insetos raros. Na tentativa de erradicá-los há dois anos, a Nova Zelândia levantou o equivalente a pouco mais de R$ 2,3 milhões e embarcou em um dos maiores e mais am

Homem recebe transplante raríssimo e vive com dois corações

Coração de doador era pequeno demais para o receptor e foi suturado ao órgão original  (Ludwig-Maximilians-University of Munich/Reprodução) Um homem em Hyderabad, na Índia, passou a fazer parte de um seleto grupo de indivíduos que vive com dois corações. O paciente de 56 anos estava à beira da morte em decorrência de doenças cardiovasculares, quando um doador compatível foi encontrado – um jovem de 17 anos que havia sofrido morte cerebral. Quando o coração chegou, porém, uma surpresa desagradável: o órgão era pequeno demais para bombear sangue pelo corpo consideravelmente maior do paciente. Dr. Gopala Krishna Gokhale, responsável pela cirurgia, falou ao jornal The Hindu sobre a situação. “O coração do doador era do tamanho de um punho normal – mas o coração da vítima era do tamanho de uma pequena bola de futebol”, afirmou. A solução? Realizar um procedimento raro, chamado heterotopia – ou, em português claro, unir os dois corações. O objetivo era simples: ao invés

Secretaria de Saúde confirma caso de febre amarela no interior de Pernambuco

Morador de Bezerros, no Agreste, contraiu a doença em São Paulo, aponta SES. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou nesta sexta-feira (16) um caso de febre amarela no interior do estado. Residente em Bezerros, no Agreste de Pernambuco, um homem de 45 anos contraiu a doença em São Paulo, após visitar uma área de risco de transmissão do vírus, conforme informou a SES. De acordo com a secretaria, também havia a suspeita de que a filha do homem estaria com a doença, mas o exame apontou que não havia a presença do vírus no corpo da menina. O homem recebeu alta médica em janeiro deste ano. "Até o momento, o estado de Pernambuco conta com 4 casos notificados de febre amarela, sendo 3 descartados e 1 confirmado. Todas as ocorrências foram importadas, de indivíduos que estiveram em áreas de risco", apontou a SES por meio de nota. A Secretaria de Saúde "vem realizando, desde fevereiro de 2017, o monitoramento permanente de adoecimento ou morte de prim

Evolução em tempo real: grilos silenciosos ainda “cantam” por companhia?

Cientistas ficam fascinados com o fato de que os grilos havaianos ainda realizam seu vigoroso chamado de acasalamento, apesar de terem evoluído para perder sua música a fim de evitar um novo parasita mortal. Os grilos silvestres machos tradicionalmente atraem alguma fêmea ao cantar — criando um som raspando ritmicamente suas asas para frente e para trás. No Havaí, no entanto, a música deles atrai fêmeas menos bem-vindas: moscas parasitas, cujas larvas devoram e matam os grilos de dentro para fora. Para sobreviver, alguns grilos silvestres inteligentemente evoluíram rapidamente para remover as estruturas de produção de som em suas asas, o que significa que sua vigorosa canção não os põe mais em perigo, já que são completamente silenciosos. Essas mutações foram identificadas pela primeira vez na ilha de Kauai quando os pesquisadores fotografavam e gravavam esses insetos em condições de laboratório. Agora os cientistas descobriram que o canto continua, mesmo que pa

Fungo imune à radiação se alimenta de lixo nuclear

Microorganismo pode ajudar a evitar o vazamento de resíduos radioativos - que, só nos EUA, já são 76 mil toneladas Se operadas corretamente, as usinas nucleares são fontes de energia abundante, segura e limpa. Mas elas têm um porém: depois de usado, o combustível nuclear precisa ser armazenado com o máximo de cuidado, já que permanece radioativo por centenas de anos. Só os EUA produzem de 2.000 a 2.300 toneladas de lixo radioativo por ano – e acumularam 76 mil toneladas dele nas últimas quatro décadas. Mas um grupo de cientistas americanos diz ter encontrado a solução: um fungo. Os pesquisadores testaram 27 espécies de fungo e encontraram uma, a Rhodotorula taiwanensis, que tolera altos níveis de radiação e tem certa afinidade pelo lixo radioativo – se colocado em contato direto, o fungo cresce e forma um biofilme que envolve o material, impedindo que ele se espalhe. Segundo os cientistas, ele poderia ser usado em depósitos de resíduos nucleares, como barreira de seguranç

Produtos do cotidiano poluem atmosfera tanto quanto veículos

A liberação de material particulado chega a ser o dobro nas emissões produzidas pelos produtos químicos, em comparação às emissões veiculares Compostos derivados do petróleo e utilizados em produtos de limpeza doméstica, perfumes, loções, tintas e pesticidas já empatam com as emissões de veículos como principais fontes urbanas de poluição do ar, de acordo com um novo estudo realizado pela agência americana de Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês). A pesquisa, publicada nesta quinta-feira, 15, na revista Science, revela que as emissões de Compostos Orgânicos Voláteis (COV) – presentes em diversos produtos utilizados no cotidiano – haviam sido subestimadas nos inventários sobre poluição atmosférica realizados até agora. A emissão é de duas a três vezes maior do que se pensava. A quantidade total de material emitido na atmosfera pela queima de combustíveis é 15 vezes mais pesada que a soma das emissões de compostos derivados de petróleo