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Mostrando postagens de junho, 2019

Descoberta espécie de rato que é imune à ardência do wasabi

Segundo cientistas, entender como funciona o mecanismo de dor nos roedores pode servir à criação de analgésicos mais potentes. Wasabi, mostarda escura e rabanete cru são ingredientes que estão longe de serem consensos culinários. Afinal, precisam ser usados de forma sutil para proporcionar uma experiência agradável: basta exagerar um pouquinho na dose para provocar uma careta – acompanhada de uma sensação de picância que faz o olho lacrimejar e a boca adormecer. Isso acontece devido à ação do isotiocianato de alila, composto químico encontrado nesses alimentos e responsável pela ardência. Não são apenas os humanos que sentem desconforto ao exagerar na quantidade de raiz forte. Estudos científicos provaram que isso vale também para aranhas, moscas e ratos de laboratório. Uma espécie, porém, faz inveja a esse grupo. Trata-se do rato toupeira-highveld, roedor nativo da África do Sul para quem o isotiocianato de alila não provoca efeito algum. Capazes de usar frutose, uma

Má higiene bucal aumenta chances de câncer, sugere estudo da USP

De acordo com especialistas, há uma correlação na incidência da doença e no perfil socioeconômico dos pacientes Uma pesquisa realizada na Universidade de São Paulo (USP) mostra que a má higiene oral está diretamente ligada com uma maior probabilidade de desenvolver câncer de pescoço, boca e cabeça. De acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), entre 2018 e 2019 o Brasil registrará em média 14,7 mil novos casos de câncer em cavidade oral por ano — somando os casos de esôfago e laringe, o número chegará a mais de 33 mil casos anuais. De acordo com Nayara Fernanda Pereira, uma das responsáveis pela pesquisa, os dados indicam a desregulação na microbiota e as inflamações na boca contribuem para o desenvolvimento do câncer. "Também foi observado que pessoas com má higiene oral têm maior formação de nitrosamina endógena — conhecido carcinógeno. Assim, esse conjunto de fatores podem estar ligados entre si, colaborando com o complexo mecanismo do cân

Fóssil muito bem preservado mostra cardume de 50 milhões de anos

Pesquisadores acreditam que peixes morreram após a queda de uma duna de areia, mas ainda não se sabe o que os preservou tão bem Um fóssil descoberto na Formação Green River, nos Estados Unidos, de cerca de 50 milhões de anos atrás, mostra os momentos finais de vida de um cardume de peixes de uma espécie já extinta, aErismatopterus levatus. Acredita-se que os animais morreram após a queda de uma duna de areia, que os matou em segundos. O fóssil mostra restos de pelo menos 259 peixes e foi analisado por um time de cientistas da Universidade Estadual do Arizona e do Mizuta Memorial Museum, no Japão. Eles conseguiram entender melhor o comportamento dessa espécie ancestral, embora não saibam direito o que causou a preservação dos peixes. “Mesmo que ainda não seja claro como a estrutura do cardume foi preservada no fóssil, esses achados indicam que os peixes têm formado cardumes ao combinarem regras de comportamentos simples desde o período Eoceno”, escreveram os autores do

Da busca por cura do câncer à luta contra o plástico: como os cogumelos podem mudar o mundo

Sob os pés de Jim Anderson há um monstro. Ele está vivo desde que o rei persa Xerxes travou uma guerra contra os gregos antigos e pesa mais que três baleias-azuis juntas. Tem um apetite voraz e percorre enormes extensões de floresta. Ele não é um animal esquecido da mitologia grega. É um cogumelo. Anderson está sobre um modesto trecho da floresta de Crystal Falls, na península de Michigan, nos EUA. Ele está revisitando um organismo que vive sob o solo da vegetação e que ele e seus colegas descobriram há quase 30 anos. Esta é a casa do Armillaria gallica, exemplar do gênero (Armillaria) dos chamados "cogumelos-do-mel". Estes fungos são encontrados em florestas temperadas em toda a Ásia, América do Norte e Europa, onde crescem em madeira morta ou prestes a morrer, ajudando a acelerar sua decomposição. Frequentemente, seu único sinal visível acima do solo são aglomerados de corpos de frutificação, de coloração amarelo-marrom, que crescem a até 10 cm de altura.

A empresa que fatura milhões ao exportar saliva, fezes e sangue

Uma empresa escocesa que vale vários milhões de libras esterlinas ganhou prêmios por seu sucesso de exportação ao fornecer a pesquisadores do mundo inteiro partes de pessoas - e seus resíduos. A Tissue Solutions, com sede em Glasgow, na Escócia, se define como um "banco biológico". Ela organiza amostras de tecido humano a serem coletadas e entregues em todo o mundo. "Cientistas e laboratórios precisam de tecido humano para desenvolver e testar novos medicamentos", diz o fundador e CEO da empresa, Dr. Morag McFarlane. Ela disse à revista The Nine, da BBC escocesa: "Eles precisam recorrer a alguém que possa coletar esse material eticamente e gerenciar todo o processo para eles". Para ser um sucesso de exportação, uma empresa precisa de cérebros. A Tissue Solutions os possui, ou pelo menos pedaços de cérebros. Eles também podem fornecer sangue, saliva e muito mais. "Até cabelo", diz Morag. "E coisas bizar

A polêmica experiência de edição genética chinesa que pode reduzir expectativa de vida

As duas bebês gêmeas que são as primeiras pessoas do mundo a terem seus genes editados podem ter sido mutadas de um modo que reduzirá sua expectativa de vida, sugere uma pesquisa recém-publicada. O caso, que chocou o mundo científico, veio à tona em novembro de 2018, quando o cientista chinês He Jiankui anunciou ter alterado o DNA dos embriões das duas bebês para torná-las resistentes ao HIV, caso elas entrassem em contato com o vírus. Agora, um estudo do periódico Nature Medicine aponta que pessoas com a mutação genética que He tentou recriar têm probabilidade significativamente maior de morrer ainda jovens. Especialistas disseram que as ações de He foram "muito perigosas" e "tolas"; no início deste ano, a imprensa estatal chinesa afirmou que ele agiu ilegalmente e buscava fama e dinheiro. O gene modificado O gene em discussão é chamado CCR5, que é importante para determinar o funcionamento no sistema imunológico. Ele é também a port