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Mostrando postagens de fevereiro, 2019

Por que mulheres têm orgasmos: a razão científica

A sensação seria um subproduto da evolução, e, no passado, tinha função reprodutiva direta em espécies mais simples. Por mais bizarro que possa parecer, a ciência até muito recentemente não sabia explicar direito por que mulheres têm orgasmos. Ao contrário do auge masculino, que serve para liberar espermatozóides e dar início ao processo de fecundação, o êxtase feminino ficou séculos sem explicação. Pelo menos até agora. No orgasmo feminino, músculos se contraem, hormônios são liberados e uma imensa sensação de prazer toma o corpo. Mas todas essas reações fisiológicas não são essenciais para a fertilização dos óvulos — mulheres podem engravidar sem chegar ao orgasmo, por exemplo. Já homens só liberam espermatozóides quando chegam ao auge — e a sensação de prazer faz com que eles sempre queiram repetir a experiência, o que incentiva a reprodução. Mas, agora, um novo estudo olhou de perto para o prazer das fêmeas. De fêmeas de 150 milhões de anos atrás, para ser mais exato,

Por que a supergonorreia pode se tornar incurável

Bactéria responsável pela infecção sexualmente transmissível está desenvolvendo resistência aos antibióticos existentes. A gonorreia está mais resistente aos antibióticos e pode se tornar incurável. Considerada a segunda infecção sexualmente transmissível (ISTs*) mais comum no mundo, a doença afeta milhões de pessoas todos os anos. Mas, agora, o tratamento se tornou mais complexo - em alguns casos, até impossível - porque a bactéria responsável está desenvolvendo resistência aos antibióticos existentes. "Se não tivermos mais apoio, se não encontrarmos o tratamento correto para a gonorreia, vai chegar um momento em que a doença vai se tornar incurável", alerta Teodora Wi, especialista da Organização Mundial da Saúde (OMS). É com base nestes dados que a jornalista Kay Devlin, do programa da BBC Newsnight, explora os desafios envolvidos em impedir a propagação da supergonorreia e revela algumas formas surpreendentes de contaminação. Desde a d

Geólogos descobrem “corredor de gelo” que existiu entre Namíbia e Brasil

Formações rochosas vulcânicas datam de 300 milhões de anos atrás Pesquisadores da Universidade da Virgínia Ocidental, nos Estados Unidos, afirmam ter descoberto formações de rochas vulcânicas que ligaram a Namíbia ao Brasil. O estudo foi publicado na revista científicaPLOS One. A hipótese dos cientistas é a de que blocos de gelo passavam pela formação rochosa na Namíbia, no continente africano, em direção ao Brasil. Isso teria acontecido há aproximadamente 300 milhões de anos, quando a disposição dos continentes e o clima eram diferentes do que conhecemos atualmente. A descoberta aconteceu durante uma expedição dos geólogos Graham Andrews e Sarah Brown. A indicação de que havia geleiras na Namíbia surpreendeu os pesquisadores, já que a região é conhecida, principalmente, pelo seu clima seco e paisagem desértica. "Percebemos rapidamente o que estávamos vendo porque crescemos em áreas do mundo que estiveram sob as geleiras — eu na Irlanda do Norte e Sarah no no

A 'tempestade perfeita' em cidade africana que permitiu surgimento de Aids

Uma conjunção de fatores, descrita como uma 'tempestade perfeita', permitiu que o vírus HIV se espalhasse a partir da cidade de Kinshasa, na atual República Democrática do Congo, nos anos 1920, e levasse a uma pandemia de Aids que infectou cerca de 75 milhões de pessoas no mundo, disse um estudo. Cientistas de vários países concluíram que o crescimento rápido da população, o comércio sexual e o uso de seringas não-esterilizadas em clínicas provavelmente permitiram a disseminação do vírus HIV. O HIV é uma versão mutante de um vírus de chimpanzé, conhecido como vírus da imunodeficiência símia, que provavelmente infectado humanos através do contato com sangue infectado durante o manuseio de carnes de caça. Linhas de trem construídas pela Bélgica e usadas por milhares de pessoas também teriam contribuído para que a doença se espalhasse para países vizinhos. Pesquisadores das universidades de Oxford, na Grã-Bretanha, e de Leuven, na Bélgica, usaram amostras a

Bexiga baixa: saiba o que é o prolapso genital e como prevenir

Esse problema não afeta apenas o órgão responsável por armazenar a urina - e causa sérios danos à saúde. Conheça os fatores de risco, os sintomas e as formas de evitar e tratar a chateação O que é Apesar do nome complicado, o prolapso genital é um problema bastante comum, principalmente em mulheres com mais de 40 anos e que já tiveram filhos. Ele ocorre quando a musculatura das paredes da vagina fica fraca, de modo que os órgãos sustentados por ela se deslocam e podem sair pelo canal vaginal – caso do útero, da bexiga e até de parte do intestino. A gravidade do quadro é classificada de acordo com uma escala que vai de 1 a 4. Nos dois primeiros estágios, já dá para ver o prolapso nos exames ginecológicos, mas a paciente ainda não apresenta sintomas. Nos últimos graus, os órgãos já se encontram exteriorizados. Os sintomas “O principal sintoma é a sensação de que há uma bola na vagina ” , conta a ginecologista Marair Sartori, professora de Ginecologia da Univer

Tomar energético faz mal ao coração, segundo estudo

A maioria dos jovens que recorre à bebida acaba experimentando algum sintoma desagradável; principal queixa tem a ver com o coração Tem quem tome energético para fazer o dia render mais. E há aqueles que usam a bebida para animar a balada – não raro ela é misturada ao álcool. Seja qual for a circunstância, o fato é que esse tipo de produto não goza de popularidade entre os profissionais de saúde. E a ciência sempre dá mais um motivo para essa antipatia crescer. O mais recente vem da Universidade de Waterloo, no Canadá. Dos 2 055 jovens entrevistados pelos pesquisadores, 55,4% relataram ter experimentado alguma reação adversa após consumir um energético. Entre os que manifestaram sintomas desagradáveis, 24,7% reportaram batimentos cardíacos acelerados e descompensados   – quadro conhecido como arritmia. E, principalmente em pessoas com histórico de doença cardíaca, essa mudança no ritmo pode ser bastante prejudicial. Já 24,1% disseram ter dificuldade para dormir, e

Cientistas descobrem mais de 2 mil novas bactérias no intestino humano

Pesquisa identifica espécies comuns em pessoas da Europa e Estados Unidos Pesquisadores do Instituto Europeu de Bioinformática (EMBL-EBI) e do Wellcome Sanger Institute, ambos no Reino Unido, identificaram quase duas mil bactérias vivendo no intestino humano. Para a descoberta, eles usaram métodos computacionais para analisar amostras de indivíduos. Os resultados do estudo, publicados na revista Nature, destacam que, embora os cientistas estejam se aproximando de criar uma lista abrangente dos micróbios encontrados nos organismos de pessoas da Europa e Estados Unidos, faltam dados de outras regiões do mundo. Além disso, as espécies encontradas ainda precisam ser cultivadas em laboratório. O intestino humano é lar de muitos micróbios, sendo que a ciência ainda trabalha na identificação das espécies individuais e quais papéis elas desempenham na saúde humana. "Os métodos computacionais nos permitem entender as bactérias que ainda não podemos cultivar no laboratório

Geleiras de ilha do Ártico atingem o menor tamanho já visto na história humana

“O aquecimento do último século foi suficiente para reduzir as calotas de gelo a dimensões similares às de 115 mil anos atrás”, diz cientista. AS GELEIRAS DA Ilha de Baffin, abundantes no Ártico canadense, estão diminuindo com o aquecimento climático. Com o derretimento e recuo, essas geleiras expuseram fragmentos de plantas antigas — congeladas nos pontos exatos onde antes cresceram — que não viam a luz do sol há pelo menos 40 mil anos, sugere uma nova pesquisa publicada na revista científica Nature Communications. “O aquecimento do último século foi suficiente para reduzir as calotas de gelo a dimensões similares às de 115 mil anos atrás”, afirma Simon Pendleton, cientista do clima da Universidade de Colorado, em Boulder, autor principal do estudo. O Norte quente O planeta inteiro vem aquecendo desde que o homem começou a inundar a atmosfera com gases de efeito estufa no início da Revolução Industrial. Porém o efeito não se espalha por igual. Algumas regiõe

Queda no número de insetos ameaça causar “colapso na natureza”

Cerca de 40% das espécies de insetos estão ameaçadas de extinção. E isso pode ter consequências sérias para o ecossistema Insetos são, de longe, os animais mais comuns do planeta. Mais de 1,5 milhão de espécies de insetos já foram catalogadas – três vezes mais do que o número de espécies de outros animais somadas. E esse total está longe de representar todos os insetos que, de fato, existem na natureza, mas nunca foram estudados. Essa abundância pode parecer inabalável – mas está seriamente ameaçada. De acordo com um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Sydney e da Academia Chinesa de Ciências Agrárias (CAAS), os insetos estão perigosamente caminhando para a extinção, o que pode levar a um “colapso catastrófico dos ecossistemas da natureza”. Para chegar a essas conclusões alarmantes, os cientistas analisaram 73 pesquisas de longo prazo sobre o declínio de insetos ao redor do mundo. Eles concluíram que mais de 40% das espécies de insetos estão sofrendo

Doenças sexualmente transmissíveis: as 4 enfermidades que preocupam os especialistas

  Há novas doenças surgindo o tempo todo e as sexualmente transmissíveis (DSTs) não são exceção.   A seguir, apresentamos quatro bactérias que podem se tornar ameaças sérias para a saúde pública.   1. Neisseria meningitidis A Neisseria meningitidis (também chamada meningococo) pode causar meningite invasiva, uma infecção potencialmente mortal para o cérebro e membranas protetoras da medula espinhal.   Mas cada vez mais ela também é apontada como causadora de infecções urogenitais.   Um impressionante estudo realizado nos anos 70, aliás, descreveu como um chimpanzé macho contraiu uma infecção na uretra após passar a bactéria do nariz e da garganta para o próprio pênis, através de autofelação, ou seja, da prática de sexo oral em si mesmo (um comportamento comum nesses animais, segundo esclareceram os autores do estudo).   Aproximadamente entre 5% e 10% dos humanos adultos também carregam a N. meningitidis na parte de trás do nariz e da garganta.   Est

As doenças negligenciadas pela indústria farmacêutica que afetam milhões de pessoas no mundo e no Brasil

Cerca de um bilhão de pessoas no mundo – um sexto de todos os humanos no planeta – são afetados pelas chamadas "doenças negligenciadas": enfermidades que a indústria farmacêutica não tem interesse em pesquisar, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). O motivo? "Elas estão relacionadas à pobreza, não têm muito interesse para o mercado porque não dão um retorno lucrativo", explica Sinval Brandão, pesquisador da Fiocruz e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT). A OMS classifica 17 patologias como doenças tropicais negligenciadas. Elas são diferentes uma da outra, mas têm em comum o fato de atingirem principalmente pessoas de baixa renda ou em condição de miséria, em lugares pobres e em países em desenvolvimento. Algumas das patologias são conhecidas há séculos, explica Ethel Maciel, epidemiologista da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Várias delas você já deve ter estudado na escola: teníase, lepra, d