Pular para o conteúdo principal

Geólogos descobrem “corredor de gelo” que existiu entre Namíbia e Brasil


Formações rochosas vulcânicas datam de 300 milhões de anos atrás


Pesquisadores da Universidade da Virgínia Ocidental, nos Estados Unidos, afirmam ter descoberto formações de rochas vulcânicas que ligaram a Namíbia ao Brasil. O estudo foi publicado na revista científicaPLOS One.

A hipótese dos cientistas é a de que blocos de gelo passavam pela formação rochosa na Namíbia, no continente africano, em direção ao Brasil. Isso teria acontecido há aproximadamente 300 milhões de anos, quando a disposição dos continentes e o clima eram diferentes do que conhecemos atualmente.

A descoberta aconteceu durante uma expedição dos geólogos Graham Andrews e Sarah Brown. A indicação de que havia geleiras na Namíbia surpreendeu os pesquisadores, já que a região é conhecida, principalmente, pelo seu clima seco e paisagem desértica.

"Percebemos rapidamente o que estávamos vendo porque crescemos em áreas do mundo que estiveram sob as geleiras — eu na Irlanda do Norte e Sarah no norte de Illinois", disse Andrews, professor-assistente de geologia, em comunicado.

Junto com o geólogo Andrew McGrady, os especialistas analisaram imagens de satélite para descobrir o tamanho e o padrão que a formas de rochas apresentavam. Eles então notaram que havia grandes sulcos, mostrando, de acordo com a teoria, que o gelo provavelmente se movia rápido, esculpindo a superfície rochosa.

O geólogo McGrady utilizou imagens de satélite para ajudar a classificar algumas características sedimentares das rochas. As formas mais alongadas foram chamadas de "whalebacks", enquanto as maiores receberam o nome de "megawhalebacks". De acordo com os pesquisadores, a superfície das rochas só poderiam ter sido esculpiadas pelo gelo passado diversas vezes pelos mesmos lugares.

Shannon Maynard, um estudo que trabalha com McGrady, traduziu muitos trabalhos sobre antigos depósitos de gelo na América do Sul para a língua portuguesa. Eles notaram que partes do Brasil recebiam substâncias de geleira, sugerindo que o material que acabou no Brasil tinha origem da Namíbia. “Esse trabalho é importante porque pouco foi publicado sobre as características glaciais da Namíbia”, disse McGrady. A descoberta dos pesquisadores também confirma que no período a África do Sul era localizada no Polo Sul.

Lauren Knight, geomorfologista glacial da Universidade de Portsmouth, explica que essa antiga corrente de gelo pode ser também facilmente comparada com materiais encontrados na Antártica e Groelândia.

Via | Galileu

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mulheres com bumbum grande, são mais inteligentes e vivem mais, segundo estudos

Uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de Oxford chegou a conclusão que mulheres com bunda grande e cintura fina vivem mais e são mais inteligentes do que as demais. Segundo o estudo, ter as nádegas de tamanho considerável também é um sinal preventivo contra o desenvolvimento de diabetes. Paolla Oliveira, Nicki Minaj e Jennifer Lopez são apenas algumas das celebs que se deram muito bem nessa!  As vantagens de acumular gordura no derrière são maiores do que se pode imaginar. Se comparar a gordura que existe no abdômen feminino com a que existe nas pernas e nádegas, é possível constatar que a gordura proveniente da parte baixa do corpo possui mais hormônios que ajudam na metabolização de açúcares e outros tipos de lipídeos, ao contrário de outras partes, que acumulam essas substâncias. Além disso, os pesquisadores asseguram que as mulheres com mais gordura no bumbum têm níveis menores de colesterol e glicemia e favorece os níveis de leptina, responsável por ...

Os 10 animais mais raros do mundo

1 – Leopardo-de-amur O leopardo-de-amur, também conhecido como leopardo-siberiano, é uma das mais raras subespécies de leopardo, tendo apenas atualmente cerca de 50 exemplares no mundo. Ele é encontrado na região de Primorye, da Rússia, e em algumas regiões da China que fazem fronteira com o território russo. A sua ameaça de extinção é considerada crítica pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). O exemplar que você vê na foto acima é o leopardo-de-amur chamado Usi, que está no Zoológico de Omaha, no Nebraska (EUA). 2 – Rinoceronte-de-sumatra Conhecido por ser a menor das espécies de rinocerontes e o que tem mais características primitivas, o rinoceronte-de-sumatra tem sido alvo de caçadores há muito tempo devido ao valor de seus chifres. Atualmente, a ameaça à espécie também é considerada crítica, sendo que o número de indivíduos atualmente está estimado em menos de 275 exemplares. O rinoceronte-de-sumatra que você vê na imagem acim...

SERÁ QUE ALGUNS ANIMAIS PARAM DE EVOLUIR?

ALGUNS ANIMAIS MODERNOS SÃO PARECIDOS COM SEUS ANCESTRAIS HÁ MUITO EXTINTAS. SERÁ QUE ESTES "FÓSSEIS VIVOS" REALMENTE NÃO MUDARAM EM MILHÕES DE ANOS? A goblin shark (Mitsukurina owstoni) (Credit: Dianne Bray/Museum Victoria, CC by 3.0) O tubarão-duende raramente é visto, mas quando o faz aparecer faz manchetes. Isso é em parte por causa de sua aparência incomum. Sua carne-de-rosa dá-lhe a aparência de ter sido esfolados, e uma achatada, focinho punhal-como se projeta a partir de sua cabeça. Não é à toa que tem sido chamado de "alien do abismo".     Mas o tubarão-duende também evoca a nossa imaginação por causa de sua história especial. A família a que pertence, o Mitsukurinidae , parece ter pouco mudou em 125 milhões de anos. Isso significa que o tubarão-duende é um "fóssil vivo", um animal que sobreviveu aparentemente inalterada por um enorme espaço de tempo.     Um fóssil vivo vai olhar apenas como um animal fossilizado de milhõe...