Pular para o conteúdo principal

Por que mulheres têm orgasmos: a razão científica


A sensação seria um subproduto da evolução, e, no passado, tinha função reprodutiva direta em espécies mais simples.


Por mais bizarro que possa parecer, a ciência até muito recentemente não sabia explicar direito por que mulheres têm orgasmos. Ao contrário do auge masculino, que serve para liberar espermatozóides e dar início ao processo de fecundação, o êxtase feminino ficou séculos sem explicação. Pelo menos até agora.

No orgasmo feminino, músculos se contraem, hormônios são liberados e uma imensa sensação de prazer toma o corpo. Mas todas essas reações fisiológicas não são essenciais para a fertilização dos óvulos — mulheres podem engravidar sem chegar ao orgasmo, por exemplo. Já homens só liberam espermatozóides quando chegam ao auge — e a sensação de prazer faz com que eles sempre queiram repetir a experiência, o que incentiva a reprodução. Mas, agora, um novo estudo olhou de perto para o prazer das fêmeas. De fêmeas de 150 milhões de anos atrás, para ser mais exato, quando o fenômeno começou a existir.

A teoria acredita que o orgasmo feminino nos humanos é um subproduto da evolução que teve função quando surgiu, mas que hoje não ajuda nem atrapalha, o que fez com que a característica não tenha sido eliminada — algo parecido com o que são os mamilos em homens. Para chegar a essa conclusão, cientistas analisaram dezenas de espécies diferentes, de coalas a orictéropos (um mamífero africano parecido com um tatu). “Quando alguém estuda o orgasmo, costuma analisar apenas humanos e primatas. Não olhávamos para outras espécies para descobrir sua origem”, disse ao jornal The New York Times uma das autoras da pesquisa, Mihaela Pavlicev.

Em algumas espécies mais simples, as fêmeas não têm um ciclo fixo de ovulação como o nosso — elas liberam óvulos depois de fazer sexo. A relação chega ao ápice e, na sequência, lança um sinal para o cérebro, que manda liberar um óvulo no útero. Nesses animais, também, o clitóris fica dentro da vagina, o que garante o prazer durante a relação. Ou seja, em espécies mais simples, o orgasmo feminino é parecido com o dos homens e garante a fecundação.

Mas em humanos e em outros primatas, a evolução fez duas alterações importantes: primeiro, criou o ciclo fixo de ovulação nas fêmeas. Isso é consequência de um convívio social intenso. Ao contrário de outros mamíferos, que não convivem com os potenciais parceiros o tempo todo, nós primatas vivemos em grandes sociedades e podemos fazer sexo a qualquer instante, não só para a procriação. Por isso, a natureza desenvolveu o ciclo fixo. Para nós, são em média 28 dias, no qual um óvulo é liberado mais ou menos no meio do período. Isso faz com que não seja o sexo que determine a fertilização, mas o período do mês. Nessas espécies, também, o clitóris saiu de dentro da vagina, o que fez com que nem todas as relações sexuais chegassem ao orgasmo feminino.

Ainda assim, o hábito de chegar ao êxtase não deixou de existir. E, como o prazer sexual tem uma importante função social – fazer com que você se una ao seu parceiro e procure sempre mais sexo — a evolução não eliminou o orgasmo.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mulheres com bumbum grande, são mais inteligentes e vivem mais, segundo estudos

Uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de Oxford chegou a conclusão que mulheres com bunda grande e cintura fina vivem mais e são mais inteligentes do que as demais. Segundo o estudo, ter as nádegas de tamanho considerável também é um sinal preventivo contra o desenvolvimento de diabetes. Paolla Oliveira, Nicki Minaj e Jennifer Lopez são apenas algumas das celebs que se deram muito bem nessa!  As vantagens de acumular gordura no derrière são maiores do que se pode imaginar. Se comparar a gordura que existe no abdômen feminino com a que existe nas pernas e nádegas, é possível constatar que a gordura proveniente da parte baixa do corpo possui mais hormônios que ajudam na metabolização de açúcares e outros tipos de lipídeos, ao contrário de outras partes, que acumulam essas substâncias. Além disso, os pesquisadores asseguram que as mulheres com mais gordura no bumbum têm níveis menores de colesterol e glicemia e favorece os níveis de leptina, responsável por regu

Os 10 animais mais raros do mundo

1 – Leopardo-de-amur O leopardo-de-amur, também conhecido como leopardo-siberiano, é uma das mais raras subespécies de leopardo, tendo apenas atualmente cerca de 50 exemplares no mundo. Ele é encontrado na região de Primorye, da Rússia, e em algumas regiões da China que fazem fronteira com o território russo. A sua ameaça de extinção é considerada crítica pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). O exemplar que você vê na foto acima é o leopardo-de-amur chamado Usi, que está no Zoológico de Omaha, no Nebraska (EUA). 2 – Rinoceronte-de-sumatra Conhecido por ser a menor das espécies de rinocerontes e o que tem mais características primitivas, o rinoceronte-de-sumatra tem sido alvo de caçadores há muito tempo devido ao valor de seus chifres. Atualmente, a ameaça à espécie também é considerada crítica, sendo que o número de indivíduos atualmente está estimado em menos de 275 exemplares. O rinoceronte-de-sumatra que você vê na imagem acim

EXERCICIO

GENETICA 01- (FEI-SP) Os termos: homozigoto e heterozigoto fazem parte da nomenclatura básica em genética. Explique o que significam. 02- (Osec-SP) Um gene é: 03- (U. F. Fluminense-RJ) A cor dos pêlos em coelhos é definida geneticamente. No entanto, coelhos da variedade himalaia podem ter a cor dos seus pélos alterada em função da peratura. Isso indica que o ambiente influencia: a) o fenótipo apenas na idade adulta. b) o genótipo da população. c) o genótipo e o fenótipo. d) o genótipo apenas para cor dos pêlos. e) o fenótipo dos indivíduos. 3.1- (FUC-MT) Cruzando-se ervilhas verdes vv com ervilhas amarelas Vv, os descendentes serão: a) 100% vv, verdes; b) 100% VV, amarelas; c) 50% Vv, amarelas; 50% vv, verdes; d) 25% Vv, amarelas; 50% vv, verdes; 25% VV, amarelas; e)  25% vv, verdes; 50% Vv, amarelas; 25% VV, verdes. 04- (UFMT – mod.) Leia as afirmações abaixo relativas à transmissão dos caracteres na reprodução sexuada. I – Os caracte