A maioria dos jovens que recorre à bebida acaba
experimentando algum sintoma desagradável; principal queixa tem a ver com o
coração
Tem quem tome energético para fazer o dia render mais. E há
aqueles que usam a bebida para animar a balada – não raro ela é misturada ao
álcool. Seja qual for a circunstância, o fato é que esse tipo de produto não
goza de popularidade entre os profissionais de saúde. E a ciência sempre dá
mais um motivo para essa antipatia crescer.
O mais recente vem da Universidade de Waterloo, no Canadá.
Dos 2 055 jovens entrevistados pelos pesquisadores, 55,4% relataram ter
experimentado alguma reação adversa após consumir um energético.
Entre os que manifestaram sintomas desagradáveis, 24,7% reportaram
batimentos cardíacos acelerados e descompensados – quadro conhecido como arritmia. E,
principalmente em pessoas com histórico de doença cardíaca, essa mudança no
ritmo pode ser bastante prejudicial.
Já 24,1% disseram ter dificuldade para dormir, enquanto
18,3% sofreram com dor de cabeça. Em comunicado ao site da universidade, David
Hammond, um dos autores da pesquisa, afirma que a quantidade de efeitos
adversos observados sugere uma necessidade de restringir o consumo desse
produto entre crianças e adolescentes.
Vale lembrar que, em 2016, cientistas da Clínica Mayo, nos
Estados Unidos, viram que apenas uma latinha de energético já foi capaz de
alterar a pressão arterial de 25 jovens saudáveis, elevando, assim, seu risco
cardíaco.
O “xis” da questão
Muitos dos prejuízos associados aos energéticos têm a ver
com sua alta quantidade de cafeína, uma substância estimulante. Só que existe
limite para seu consumo – e a ingestão de uma latinha já pode ultrapassá-lo.
Não custa lembrar também que, muitas vezes, o produto é
misturado a bebidas alcoólicas. A combinação contribui ainda mais para
problemas cardíacos, especialmente entre indivíduos suscetíveis. E como nem
todo mundo sabe se é ou não mais propenso a piripaques no coração, o perigo é
grande. Melhor não arriscar.
Via | Revista Saúde
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