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Mostrando postagens de maio, 2017

Como a NASA pretende chegar a Marte na década de 2030

Plano de 4 fases ainda está na etapa 0, mas deve ser iniciado em 2022 (FOTO: NASA) ANASA divulgou seu plano de levar humanos para o planeta vermelho no evento Humans to Mars 2017, realizado em Washington, nos Estado Unidos. Segundo eles, a previsão é chegar à superfície de Marte na década de 2030. No momento, estamos na fase zero de um projeto que possui quatro etapas no total. Agora, o foco é testar as tecnologias disponíveis na Estação Espacial Internacional, que orbita a 400 quilômetros do planeta Terra. A ideia é que isso dure até o ano de 2022, quando se dará início propriamente ao plano. Na fase 1, quatro voos do megafoguete SLS levarão cápsulas Orion contendo quatro astronautas cada para as imediações da Lua. Lá, será construída uma nova estação, chamada pelos pesquisadores de Deep Space Gateway, que terá a função de um porto espacial. A NASA prevê que a instalação esteja pronta no ano de 2026, quando começará a fase 2. A partir daí, o Gateway terá como pr

Anvisa dá primeiro passo para regulamentar cannabis como planta medicinal

A medida, porém, não altera as leis que criminalizam o cultivo e uso não autorizado do produto (FOTO: PIXABAY) A Agência Nacional de Vigilância Sanitária incluiu a Cannabis Sativa L. na sua lista de Denominação Comum Brasileira. A ação oficializa a cannabis, dando-lhe um número de identidade para referência posterior entre médicos e órgãos reguladores. A medida foi oficializada com a publicação da Resolução nº 156, no dia 5 de maio de 2017. Agora, a maconha é uma substância reconhecida dentro do país, o que permite às agências reguladoras nacionais se referirem à planta em suas diretrizes. "É um primeiro passo muito importante. A partir de agora, podemos esperar uma regulamentação da planta para fins medicinais", explica Paulo Mattos, doutorando em Biologia Molecular pela UNIFESP e membro do Grupo Maconhabras do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) e da Associação Cultural Canabica de São Paulo (ACUCA). A inclusão, poré

Fósseis mais antigos do mundo são encontrados no Canadá

Cientistas encontraram microfósseis que podem ter surgido entre 3,7 e 4,2 bilhões de anos atrás FILAMENTOS DE MICROFÓSSEIS (FOTO: REPRODUÇÃO/MATTHEW DODD)   A Terra tinha um visual bem diferente há 3,7 bilhões de anos. Não havia plantas, animais, e o céu não era azul. A superfície parecia um terreno baldio rochoso e vazio. Ainda assim, é por volta dessa época que acreditamos que o primeiro tipo de vida surgiu, no fundo do oceano em volta de fendas quentes em uma parte no fundo do mar que chamamos de circulação hidrotermal. Aqui, fluídos quentes circulam através de pedras no fundo do oceano, carregando ferro e outros elementos de pedras para a água ao redor. Os elementos e a energia desse ambiente o fazem parecer o lugar perfeito para o início de vida. Para testar essa teoria, meus colegas e eu estudamos um grupo antigo de pedras em uma região chamada o cinturão de Nuvvuagittuq, no nordeste do Canadá, que tem entre 3,7 bilhões e 4,2 bilhões de anos. O cinturão preserv

Físicos afirmam que o Planeta Nove seria um corpo "roubado" pelo Sol

Para pesquisadores suecos, só isso explicaria a estranha posição do objeto misterioso Nada tem despertado mais curiosidade entre os amantes da astronomia do que o misterioso Planeta Nove. Pesquisas indicam que ele tenha quatro vezes o tamanho da Terra, com 10 vezes a sua massa. Além disso, a órbita superlonga sugere que o planeta leve de 10 a 20 mil anos para dar uma volta completa ao redor do Sol. Fazer aniversário por lá deve ser um martírio. Mas isso não é o pior. A questão é que nem sabemos se ele de fato existe, já que todas as informações que temos são baseadas em observações indiretas, como a gravidade que o suposto planeta exerce sobre os corpos próximos. Mas um estudo divulgado por pesquisadores da Universidade Lund, da Suécia, promete deixar a comunidade astronômica mais animada. Segundo eles, o Planeta Nove seria, na verdade, um planeta de outro sistema solar  — um exoplaneta — que teria sido “roubado” de outra estrela pelo nosso Sol. “É quase irônico pens

Estudo com asteroides "gêmeos" reforça teoria do Planeta Nove

Gravidade do misterioso mundo gigante teria dado um chega pra lá em um asteroide binário CONCEPÇÃO ARTÍSTICA DO PLANETA NOVE: MUNDO TEÓRICO SERIA PELO MENOS 10 VEZES MAIOR QUE A TERRA (FOTO: REPRODUÇÃO) Um dos assuntos espaciais que mais deu o que falar no ano passado foi o Planeta Nove. Você já deve ter ouvido falar nele: muitos astrônomos estão certos de que um mungo gigantesco, dez vezes mais massivo e quatro vezes maior que a Terra, exista nos confins do Sistema Solar. Mais especificamente, em algum lugar entre 200 e 1.200 vezes a distância da Terra até o Sol (essa distância é chamada de unidade astronômica). Ou seja, ele fica pelo menos sete vezes mais longe que Plutão. Acontece que até agora ninguém foi capaz de localizar o planeta misterioso, porque ele reflete pouca luz solar. Sua existência só foi inferida graças ao estudo de asteroides cujas órbitas são quase tão longínquas quanto a do Planeta Nove: os chamados objetos transneptunianos extremos (ETNOs, na sigla

Cristais do tempo: como os cientistas criaram um novo estado da matéria

A ideia foi prevista em 2012 e, em cinco anos, já foi comprovada (FOTO: TIM CUMMINS/ FLICKR/ CREATVE COMMONS) Algumas das previsões mais importantes da física teórica, como as ondas gravitacionais de Einstein e o bóson de Higgs, levaram décadas para serem comprovadas em laboratório. Mas, de vez em quando, uma previsão pode se tornar um fato em um tempo incrivelmente pequeno. É o que aconteceu com os “cristais do tempo”, uma nova e estranha forma de matéria que foi teorizada, refutada e finalmente desenvolvida em apenas cinco anos, desde que foi primeiramente prevista em 2012. Cristais, como o diamante e o quartzo, são compostos por átomos dispostos em um padrão de repetição no espaço. Nestes novos cristais, os átomos também seguem um padrão de repetição, mas no tempo. Por conta desta estranha propriedade, algum dia, cristais do tempo podem encontrar aplicações revolucionárias na tecnologia, assim como a computação quântica. A história dos cristais do tempo começou em 2

Tecnologia pode criar elite de super-humanos e massa de 'inúteis', diz autor de best-seller

Os avanços em tecnologia, genética e inteligência artificial podem transformar a desigualdade econômica em desigualdade biológica? O autor e historiador Yuval Noah Harari se fez essa pergunta. Professor de História na Universidade Hebraica de Jerusalém, ele estuda o passado para olhar para o futuro. Autor de dois best-sellers, Sapiens: Uma breve história da humanidade (editora L&PM)e Homo Deus: Uma breve história do amanhã (editora Companhia das Letras), Harari foi entrevistado pelo programa The Inquiry, da BBC, sobre a possibilidade de a tecnologia alterar o mundo e a espécie humana. Leia o depoimento do professor à BBC: "A desigualdade existe há no mínimo 30 mil anos. Os caçadores-coletores eram mais igualitários do que as sociedades subsequentes. Eles tinham poucas propriedades, e propriedade é um pré-requisito para desigualdade de longo prazo. Mas até eles tinham hierarquias. Nos séculos 19 e 20, porém, algo mudou. Igualdade tornou-se um valor dominante na

Como a evolução transformou os gatos em animais solitários Quão difícil pode ser domar um gato?

Pergunte a Daniel Mills, professor de Veterinária comportamental na Universidade de Lincoln (Reino Unido). Em um estudo recente, Mills e sua colega Alice Potter comprovaram de modo científico o que já se sabia na prática: gatos são mais autônomos e solitários do que os cachorros. Apesar de envolver a já famosa reputação dos gatos, executar essa pesquisa foi mais difícil do que poderia parecer. "Eles são complicados se você quer que façam algo de uma certa maneira", diz Mills. "Eles tendem a fazer o que querem." Donos de gatos do mundo inteiro irão concordar. Mas por que exatamente os gatos são tão relutantes em cooperar, seja entre si ou com humanos? Ou, perguntando de outra forma, por que tantos outros animais - domésticos ou selvagens - têm espírito de equipe? A vida em grupo é comum na natureza. Pássaros formam bandos e peixes, cardumes. Predadores frequentemente caçam juntos. Até mesmo o leão, parente do gato doméstico, vive em grupo. Para as espé

A artista que ouve cores e pinta sons: como é e o que faz a sinestesia?

Uma música da Lady Gaga faz você pensar em listras rosas ou triângulos laranjas? O que isso significa? Para os que dizem "sim" a essas perguntas, a resposta pode estar em uma condição rara chamada sinestesia. Uma pessoa sinestésica consegue "ouvir" cores ou "ver" tipos de som. Isso acontece porque os caminhos no cérebro se cruzam - em razão disso, os sentidos se misturam e provocam essa confusão de se ver o que, na realidade, só se pode ouvir. A americana Melissa McCracken, de 26 anos, é uma artista que tem um dos tipos mais comuns de sinestesia, a chamada cromestesia, que faz com que ela involuntariamente "ouça" cores quando escuta alguma música. "Eu me lembro de sempre ver cores quando escutava música. Boa parte das minhas memórias de infância são orientadas por cor quando elas são relacionadas com alguma música. Mas não percebia que isso era algo diferente das outras pessoas", afirmou à BBC Brasil. Ela achava que iss

Estudo identifica risco de ataque cardíaco em uso de analgésicos comuns

Um novo estudo sugere uma ligação entre o consumo de altas doses de analgésicos anti-inflamatórios - como ibuprofeno - e ataques cardíacos. A pesquisa, publicada no British Medical Journal, baseia-se em um estudo anterior, que já havia identificado uma possível ligação no consumo desses medicamentos e riscos de doenças cardíacas. Esse estudo mais recente sugere que o risco pode ser maior nos primeiros 30 dias de uso. Mas cientistas afirmam que são necessários mais testes para identificar o tamanho do risco e de que forma essa relação se dá. Nesse estudo, um time internacional de cientistas analisou dados de 446.763 pessoas para tentar entender a ocorrência de problemas cardíacos. Os cientistas, contudo, focaram apenas em pessoas que consumiram anti-inflamatórios não esteroides (como ibuprofeno, aspirina, diclofenaco, celecoxibe e naproxeno) adquiridos com receita médica - e não em pessoas que compraram os analgésicos sem receita. Ao se debruçar nos dados do Canadá, Fin

Com tratamento, expectativa de vida de infectados com HIV já está 'perto do normal', diz estudo

Jovens contaminados com HIV (vírus da imunodeficiência) que passam a tomar o coquetel de remédios já conseguem ter uma expectativa de vida "bem perto da normal" graças a avanços no tratamento, segundo um estudo publicado na revista científica britânica The Lancet. Pessoas de 20 anos que começaram o tratamento antirretroviral em 2010 já têm uma expectativa de vida 10 anos mais alta que a de jovens da mesma idade submetidos ao tratamento em 1996. Médicos dizem que começar o tratamento cedo é crucial para conseguir atingir uma qualidade de vida melhor e por mais tempo. Mas ONGs de ajuda a soropositivos alertam que muitas pessoas ainda vivem sem saber que estão contaminadas. Prevenção mais efetiva Os autores do estudo, da Universidade de Bristol, disseram que o sucesso extraordinário dos tratamentos para o HIV - que causa a AIDS, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - resulta do surgimento de novos remédios com menos efeitos colaterais e mais eficientes para im

Como uma simples planta curou as feridas de milhares de soldados na 1ª Guerra Mundial

O ano era 1916. Crescia o número de soldados feridos na 1ª Guerra Mundial e o algodão - usado para tratá-los - começava a ficar escasso nas trincheiras dos Países Aliados. Foi quando um cirurgião e um botânico escoceses redescobriram as propriedades de uma simples planta, que acabou sendo usada em larga escala pelo Reino Unido para tratar os feridos em combate. Esfagno, tipo de musgo, pode absorver e reter até 20 vezes o equivalente a seu peso em água Trata-se do sphagnum, tipo de musgo conhecido pelo nome de esfagno. Algumas espécies de esfagno seco podem absorver e reter até 20 vezes o equivalente a seu peso em água... ou em sangue. Os especialistas do Exército perceberam que a planta era duas vezes mais absorvente que o algodão e, em dois anos, o Reino Unido, que produzia 200 mil bandagens de esfagno por mês em 1916, passou a produzir um milhão em 1918. Em seguida, as bandagens foram enviadas para mais de 50 hospitais de campanha em diferentes pontos da frente de ba