Gravidade do misterioso mundo gigante teria dado um chega
pra lá em um asteroide binário
CONCEPÇÃO ARTÍSTICA DO PLANETA NOVE: MUNDO TEÓRICO SERIA PELO MENOS 10 VEZES MAIOR QUE A TERRA (FOTO: REPRODUÇÃO) |
Um dos assuntos espaciais que mais deu o que falar no ano
passado foi o Planeta Nove. Você já deve ter ouvido falar nele: muitos
astrônomos estão certos de que um mungo gigantesco, dez vezes mais massivo e
quatro vezes maior que a Terra, exista nos confins do Sistema Solar. Mais
especificamente, em algum lugar entre 200 e 1.200 vezes a distância da Terra
até o Sol (essa distância é chamada de unidade astronômica). Ou seja, ele fica
pelo menos sete vezes mais longe que Plutão.
Acontece que até agora ninguém foi capaz de localizar o
planeta misterioso, porque ele reflete pouca luz solar. Sua existência só foi
inferida graças ao estudo de asteroides cujas órbitas são quase tão longínquas
quanto a do Planeta Nove: os chamados objetos transneptunianos extremos (ETNOs,
na sigla em inglês). Eles apresentam perturbações orbitais que só podem ser
explicadas pela influência gravitacional de um corpo com as dimensões desse
mundo gigante.
Astrônomos do Institudo de Astrofísica das Ilhas Canárias
(IAC) estudaram dois desses ETNOs, o 2004 VN112 e o 2013 RF98, e chegaram a
conclusões interessantes, apresentadas em um artigo no Monthly Notices of the Royal Astronomical
Society. que reforçam ainda mais a tese de que o Planeta Nove realmente está
lá. Análises determinaram a composição dos dois corpos e revelaram uma notável
semelhança entre ambos.
São tão parecidos que os pesquisadores acham que eles
formavam um sistema binário, ou seja, orbitavam um pertinho do outro e tiveram
uma origem comum. Mas, em algum momento entre 5 milhões e 10 milhões de anos
atrás, o Planeta Nove passou perto dos dois e deu um chega pra lá no par,
lançando um para cada canto do espaço.
"Estamos propondo a possibilidade de que anteriormente
eles eram um asteroide binário que se desconectaram durante um encontro com um
objeto mais massivo", disse em comunicado a líder da pesquisa, Julia de
León. Depois de tanta pista nos dizendo que o P9 existe mesmo, só falta agora
algum astrônomo Sherlock Holmes localizá-lo. O consenso na comunidade
científica é que ele não conseguirá se esconder por muito mais tempo.
Via Galileu
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