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Mostrando postagens de maio, 2018

Por que o Brasil está construindo um reator nuclear de US$ 280 milhões

Pessoas em tratamento de câncer podem se beneficiar do Programa Nuclear do pais Enquanto os líderes Donald Trump e Kim Jong-un trocam ofensas e competem para saber quem tem o botão maior, a questão nuclear continua sendo importante para definir o futuro do planeta. E o Brasil não está de fora dela. Por aqui, o Programa Nuclear começou ainda na década de 1950. Em 1979, a marinha começou a desenvolver seu próprio programa com a ideia de dominar o ciclo do combustível nuclear, ou seja: conseguir transformar o urânio bruto em combustível — seja para o uso em usinas ou em submarinos. E, apesar das dificuldades como a falta de investimento do governo em novas tecnologias, sobrevive até hoje. Vale lembrar que, por lei, o Brasil não pode desenvolver nenhuma tecnologia nuclear para fins não pacíficos — bombas estão fora de questão. Segundo o Boletim de Energia Nuclear Brasil e Mundo 2016, o país possui a quinta maior reserva de urânio do mundo. São 309 mil toneladas, que r

A possibilidade cada vez mais real de termos zoológicos de animais extintos

Imagine visitar um zoológico repleto de animais já extintos, desde dinossauros a mamutes. Para muitos, esse cenário é um pesadelo distópico. Em outros, no entanto, gera muita empolgação. Mas, à medida em que a ciência avança, isso pode se tornar realidade em breve. Alguns pesquisadores, por exemplo, já estão analisando como a clonagem de animais poderia mudar a indústria do turismo em 2070. Um parque de dinossauros, por outro lado, ainda permanece uma fantasia. A desextinção continua sendo um desafio e não está claro se o DNA de dinossauros poderia ser recuperado. Com a tecnologia atual, amostras de DNA só podem ser usadas por 1 milhão de anos – neste sentido, teoricamente poderíamos clonar um Homem de Neandertal, mas não um tricerátops que viveu há 65 milhões de anos. O DNA dos mamutes é mais acessível. Cientistas possuem amostras congeladas da criatura e podem implantar o material genético em elefantes, que são geneticamente muito parecidos. Apesar disso,

Indaiatuba inicia liberação da nova geração do Aedes geneticamente modificado nesta quarta-feira

Com um mês de atraso, Prefeitura e Oxitec vão começar soltura em quatro bairros. Cidade é a primeira do país a receber a nova linhagem do mosquito; iniciativa tenta reduzir casos de dengue. Um mês após o prazo informado inicialmente, Indaiatuba (SP) inicia, na manhã desta quarta-feira (23), a liberação da nova geração do "Aedes do Bem", como chama a empresa que produz o mosquito geneticamente modificado para diminuir os casos de dengue, zika e chikungunya. A cidade é a primeira no país a receber a nova linhagem do inseto transgênico. Em janeiro, a Oxitec, empresa responsável pela mutação genética das espécies, e o governo do município, haviam informado que a previsão de soltura era para abril, mas trâmites burocráticos adiaram o começo dos trabalhos. O novo "Aedes do bem" é do tipo OX5034, uma evolução do inseto já testado e utilizado em Piracicaba (SP) e Juiz de Fora (MG) desde 2015. De acordo com a Prefeitura, a liberação acontecerá nos bairr

Cientistas tentam explicar como – e porque – cérebro humano cresceu tanto

Desde os nossos ancestrais, os Australopithecus, ao Homos sapiens moderno, o cérebro humano triplicou de tamanho. cérebro humano é desproporcionalmente grande. E embora uma abundante massa cinzenta confira certas vantagens intelectuais, sustentar um cérebro do tamanho do nosso é custoso – consome um quinto da energia do corpo. Trata-se de uma excentricidade que sempre intrigou os cientistas: enquanto a maioria dos organismos se desenvolve com cérebros pequenos, ou até nenhum, os humanos optaram por sacrificar parte de seu crescimento corporal para ter maior capacidade cerebral. Nesta quarta-feira (23), cientistas afirmaram ter finalmente conseguido desvendar como e porque isto aconteceu. O cérebro humano, sugerem, expandiu-se, sobretudo, em resposta aos estresses ambientais, que forçaram nossa espécie a criar soluções inovadoras para conseguir comida e abrigo, e passar os ensinamentos aos descendentes. A descoberta desafia uma teoria popular, segundo a qual o

Taxas de câncer de pulmão entre mulheres jovens dos EUA superam as dos homens

Cientistas pesquisam motivos e tentam entender fenômeno. Número de fumantes não acompanha a alta no câncer entre o público feminino. s taxas de câncer de pulmão entre as mulheres jovens brancas e latinas superaram as dos homens nos Estados Unidos, uma tendência que intriga os cientistas, porque o fenômeno não pode ser explicado por um número crescente de fumantes. Em um estudo publicado nesta quarta-feira (23) no "New England Journal of Medicine", os pesquisadores se concentraram no vínculo entre o câncer de pulmão e o fumo, analisando todos os diagnósticos de câncer de pulmão desde 1995 e dados sobre o número de fumantes desde 1970. Os cientistas esperavam encontrar algum vínculo para explicar porque as taxas de câncer de pulmão entre as mulheres nascidas desde 1960 agora superam a dos homens com a doença. Mas não encontraram nenhuma ligação. "As taxas gerais de incidência e mortalidade por câncer de pulmão continuam sendo mais baixas entre as mulhe

Como a malária evoluiu para se tornar letal aos humanos

Estudo genético revela como a doença deixou de atingir apenas animais e passou a infectar também pessoas O mistério de como a malária se tornou uma doença letal para os seres humanos foi desvendado por um estudo genético publicado recentemente. A pesquisa, liderada por cientistas do Instituto Wellcome Sanger, em Cambridge, comparou sete tipos diferentes da enfermidade, montando a árvore filogenética (representação gráfica da evolução) do parasita que a provoca. O trabalho, publicado na revista científica Nature Microbiology, revelou que, há cerca de 50 mil anos, os parasitas se dividiram em dois ramos evolutivos, com um deles evoluindo para se tornar uma espécie que infecta humanos e provoca uma doença com alto índice de mortalidade. Uma das causas dessa divisão foi uma mutação que permitiu que o protozoário causador da malária conseguisse infectar os glóbulos vermelhos do sangue. "Nosso trabalho juntou a peças para reconstruir os passos da evolução que p

O inovador projeto que transforma CO2 em pedra para combater efeito estufa

A usina de energia de Hellisheidi, na Islândia, vem testando um novo método para combater o aquecimento global: transformar o gás carbônico (CO2) em pedra. "Chegamos ao limite dos níveis de CO2 na atmosfera, se não fizermos nada, coisas extremas vão acontecer", diz Edda Sif Aradóttir, líder do projeto CarbFix. O CarbFix consiste em um projeto de pesquisa focado no desenvolvimento de métodos para capturar CO2 e injetá-lo em formações de basalto, transformando o gás em pedra. O processo não é simples: primeiro, o CO2 é dissolvido em água e depois injetado no solo, onde se mistura a formações de basalto. A paisagem de tirar o fôlego da Islândia – com suas fontes termais, gêiseres e praias de areia negra – é principalmente composta por basalto, uma rocha porosa de cor cinza-escura formada a partir do esfriamento da lava. O basalto, por sua vez, é considerado o “melhor amigo do carbono”, porque contém grandes quantidades de cálcio, magnésio e ferro, que

Quase todo lixo eletrônico do Brasil é descartado de maneira errada

Cada um de nós produz, em média, 8,3 quilogramas de e-lixo por ano; só 3% segue para centros de reciclagem Dezoito meses é o tempo médio de vida de um novo smartphone. Conforme um novo aparelho chega às lojas, outros tantos são aposentados e, assim, o que era um artigo quase fundamental, vira um problema. O mesmo acontece com computadores, televisões, videogames e câmeras fotográficas: no final, sobram 44,7 milhões de toneladas de lixo eletrônico todo ano, o equivalente a 4,5 mil torres Eiffel. A estimativa é que, em média, sejam descartados 6,7 quilos de lixo eletrônico para cada habitante do nosso planeta. No Brasil, o problema não é menor. Sétimo maior produtor do mundo, com 1,5 mil toneladas por ano, estima-se que em 2018 cada um de nós jogará fora pelo menos 8,3 quilos de eletrônicos. Apesar de um estudo com números de 2016 ter demonstrado que o reaproveitamento do material descartado naquele ano poderia render R$ 240 bilhões de reais em todo planeta, apenas

Sem dinheiro, Brasil corre risco de ficar sem cientistas na Antártida

Perto de inaugurar nova estação de pesquisas, pesquisadores não têm verbas para manter seus trabalhos no continente de gelo Está em ritmo avançado a construção de uma moderna estação de pesquisas na Antártida. Depois de um incêndio que destruiu 70% da estação Comandante Ferraz em 2012, o novo centro de pesquisas com área de 4,5 mil m², quase o dobro da anterior, com 14 laboratórios e 64 pessoas, deve ser inaugurada em 2019. Tudo muito legal, não fosse um detalhe: ela corre o risco de ficar sem cientistas. “Seria uma casa vazia”, desabafa Jefferson Simões, vice-presidente do Comitê Científico para Pesquisas Antárticas (SCAR), um órgão do Conselho Internacional para Ciência. Com custo inicial previsto de US$ 99,6 milhões (o equivalente a R$ 330 milhões em cotação do dia 23/03/2018), tinha entrega marcada para março deste ano. Alguns imprevistos, porém, provocaram um atraso nas obras, além de um aumento nos custos que devem ultrapassar os R$ 400 milhões. A construção est

Cientistas criam novo estado físico de matéria em condições extremas

Pesquisadores norte-americanos e austríacos estudaram como a matéria pode interagir em baixíssimas temperaturas Sólido, líquido, gasoso e plasma são os estados que todo mundo aprendeu na escola, mas os cientistas acabam de provar que, em condições extremas, há mais um estado físico da matéria. Chamado de Polarons de Rydberg, esse estado é criado em temperaturas extremamente baixas, quando um elétron órbita seu núcleo a uma distância tão grande que outros átomos cabem dentro dessa órbita. A fraca ligação entre essas partículas forma os polarons de Rydberg. Para produzir o experimento, pesquisadores norte-americanos e austríacos estudaram o condensado de Bose-Einstein, um outro estado de matéria existente a temperaturas próximas ao zero absoluto, ótimas para se estudar propriedades quânticas dos átomos. Os cientistas resfriaram alguns átomos do elemento estrôncio e, com laser, separaram um do grupo. Nele, observaram até quanto poderiam afastar o elétron do núcleo

Investigação questiona autoria de artigos acadêmicos escritos por jovens

Cientistas teriam colocado os nomes de parentes menores de idade entre os autores de pesquisas para que os jovens consigam vagas nas melhores faculdades do país Longe de serem supergênios, jovens do ensino fundamental e médio da Coreia do Sul foram creditados como coautores de artigos acadêmicos no país. Segundo uma investigação feita pelo Ministério da Educação sul-coreano, 82 estudos publicados na última década citaram um menor de idade entre seus criadores. Os investigadores do caso acreditam que boa parte desses jovens foi incluída nos artigos por parentes que realmente eram os autores dos projetos. O motivo seria uma tentativa de tirar vantagem na hora de disputar uma vaga nas melhores e mais concorridas universidades do país. Ao engordar o currículo, os jovens teriam mais chances de impressionar as universidades. Das 82 coautorias suspeitas, apenas 39 tinham a justificativa de desenvolver a pesquisa junto ao programa curricular da escola. A investigação do M

Biólogo afirma ter transferido a memória de uma lesma para outra

Para pesquisador, estudo pode servir como base para o tratamento do Alzheimer Durante 45 anos de sua vida, o neurocientista Eric Kandel, vencedor do Prêmio Nobel de Medicina no ano 2000, dedicou-se ao estudo da aplísia, uma espécie de lesma-do-mar. Interessado em descobrir os processos que envolvem nossa memória, buscou estudar o animal com o sistema nervoso mais simples que encontrou. Seus experimentos se saíram melhor do que o esperado. Descobriu que nossos neurônios fazem mais ou menos as mesmas coisas que o gosmento ser marinho, com a diferença de que na gente eles se apresentam em em maior número. Assim, conseguiu identificar os genes e proteínas que possibilitam a permanência da memória nos neurônios. Suas descobertas serviram de base para que outros pesquisadores aprofundassem os conhecimentos sobre a memória. Agora, um grupo de biólogos da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, afirma ter conseguido transferir a memória de uma lesma-do-mar para outra.

Por que às vezes enxergamos vermes transparentes?

Esses vermes existem e estão realmente boiando dentro do seu olho. Mas pode ficar tranquilo. Eles não são vermes e, sim, corpos fibrosos presentes na substância gelatinosa entre a retina e o cristalino. Conforme a mudança da pressão dentro do olho, os corpos se aglutinam e ficam mais evidentes. Transformam-se então em “moscas volantes”, fiozinhos que flutuam e lançam sombras na retina. Tem gente que vê bolinhas, teias de aranha, pelos – ou vermes psicodélicos. Você tenta focar em um deles, mas saem correndo antes que você consiga identificá-los. Dá para vê-los melhor quando olhamos para superfícies planas, iluminadas e de uma única cor. As moscas volantes são mais comuns em pessoas míopes, diabéticas e que já fizeram cirurgias oculares e não representam perigo para a saúde. A não ser que aumentem de uma hora para outra ou venham com flashes de luz e de perda da visão periférica – sinais do descolamento de retina, que pode levar à cegueira. Em casos extremos, você pode se su

Contato com germes pode prevenir leucemia em crianças, diz estudo

Pesquisa baseada em 30 anos de estudo aponta para falta da preparo de sistema imunológico na infância como causa de doença que afeta 300 mil crianças todos os anos no mundo. Em comum na vida moderna as crianças serem mantidas "isoladas" de qualquer tipo de contato com germes - mas isso pode não ser tão bom para elas quanto se pensa. Segundo uma pesquisa recentemente divulgada no Reino Unido, essa vida "livre de germes e micróbios" pode acabar sendo a causa de um dos tipos de câncer mais comuns na infância. A leucemia linfoblástica (ou linfoide) aguda afeta cerca de 300 mil crianças por ano no mundo todo, segundo a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, que faz parte da Organização Mundial da Saúde (OMS) e coordena pesquisas sobre causas de câncer. De acordo com Mel Greaves, do renomado Instituto de Pesquisa do Câncer, em Londres, o sistema imunológico pode se tornar canceroso se não tiver contato com uma quantidade r