SCIENCE ELEGE AS 10 MAIORES DESCOBERTAS CIENTÍFICAS DA DÉCADA
1) A utilidade do “DNA lixo”.
O homem possui
21 mil genes, que estão dispostos em apenas 1,5% do total de DNA. E os outros
98,5% restantes? Na última década, foi demonstrado que essa porção, chamada de
“DNA lixo”, possui informações importantíssimas: por mecanismos que começam a
ser elucidados, ela está diretamente envolvida na regulação do funcionamento de
cada um dos 21 mil genes. Outra descoberta importante é que fatores químicos
podem influenciar o genoma por gerações, sem necessariamente mudar a sequência
do DNA.
2) A constituição do Cosmos
Vários
experimentos mostraram mais precisamente o que está acontecendo no Universo. A
Cosmologia se transformou em uma ciência mais precisa, com uma teoria
“standard” que deixou pouco espaço para outras ideias. Na década passada,
ganhou força a teoria de que o universo é formado por três componentes: 4,56%
são de matéria ordinária, como a que constitui estrelas e planetas; 22,7% de
matéria “negra”, cuja gravidade mantém a ligação entre as galáxias, e 72,8% de
energia “negra”, que alonga o espaço e acelera a expansão do universo. Além
disso, algumas técnicas levaram a resultados surpreendentes, como a comprovação
de que o Cosmos é plano.
3) Minúsculas máquinas do tempo
O mundo
pré-histórico pôde ser mais bem estudado com a descoberta de que moléculas como
o DNA e o colágeno podem resistir por milhares de anos. A descoberta permitiu
isolar o colágeno de um tiranossauro de 68 milhões de anos. Em 2011, cientistas
publicaram o genoma de um Neandertal com muito mais DNA do que havia sido
possível sequenciar em 1997, mostrando que este tinha pele clara e cabelo
ruivo. Em 2005, duas equipes sequenciaram 27 mil bases do DNA de um urso antigo
das cavernas. Outra equipe sequenciou 28 milhões de bases de um mamute e, com
isso, descobriu que eles possuíam hemácias especiais adaptadas ao frio, e que a
espécie se separou dos elefantes africanos 6 milhões de anos atrás. Em 2008, a
mesma equipe sequenciou um mamute inteiro, primeiro genoma de um animal
extinto. Também se conseguiu provar que nossos ancestrais tiveram filhos com
Neandertais.
4) Água em Marte
Missões
espaciais encontraram fortes evidências de que houve água líquida no planeta
vermelho bilhões de anos atrás, e por tempo suficiente para sustentar a origem
da vida. Como diversos meteoros marcianos sofreram impacto contra a Terra, a
vida que floresceu aqui poderia ter se originado lá. Em 2004, a sonda
Opportunity, descobriu sinais de antigos oceanos ou lagos em Marte. Mais
recentemente, pesquisadores comprovaram a existência de gelo enterrado no solo
e até em grandes blocos.
5) Reprogramação celular
As
células-tronco embrionárias tem a capacidade de se diferenciar em qualquer
outra, mas as que já se diferenciaram, perdem esta capacidade. Recentemente
este dogma da biologia clássica foi destruído. Células-tronco pluripotentes
podem ser obtidas reprogramando os genes de uma célula adulta do sangue ou da
pele, por exemplo. Estas células reprogramadas têm sido testadas em portadores
de doenças raras, como Parkinson, esclerose lateral amiotrófica e até no
autismo. No entanto, o objetivo principal é conseguir criar células, tecidos e
órgãos para transplantes.
6) O microbioma humano
Na última
década, mudamos a maneira como vemos os microrganismos do nosso corpo. Nove em
cada dez células presentes no homem pertencem a microrganismos. Só no intestino
existem mais de mil espécies, que possuem 100 vezes mais DNA do que nosso
próprio corpo. Juntos, eles são chamados de “microbioma humano”. Esse conjunto
de genes forma o metagenoma, que mantém nosso organismo em funcionamento. Eles
regulam características que vão desde a quantidade de energia absorvida dos
alimentos até o desenvolvimento do sistema imunológico.
7) Descoberta de novos planetas
Em 1600,
Giordano Bruno, astrônomo, foi queimado em uma Praça de Roma pela Inquisição ao
prever a existência de outros planetas além da Terra. Qualquer planeta que
orbite uma estrela que não seja o Sol é chamado de exoplaneta. No ano 2000, a
Enciclopédia de Planetas Extra-Solares reunia apenas 26 exoplanetas. Hoje reúne
505, alguns dos quais gravitam em órbitas que os astrônomos jamais esperavam.
Apenas o telescópio Kepler, da NASA, possui uma lista de outros 700 possíveis.
8) O lado nocivo da inflamação
Na ultima
década, as inflamações ganharam uma importância extrema. Vários estudos
mostraram que os processos inflamatórios, essenciais para a reparação de
tecidos lesados, são responsáveis por mecanismos que provocam as enfermidades
mais letais do homem moderno: câncer, aterosclerose, obesidade, Alzheimer,
Parkinson, diabetes e outras.
9) Os metamateriais
Cientistas
criaram materiais que agem com propriedades que não são normalmente encontradas
na natureza. Eles trabalham direcionando a luz e outras ondas eletromagnéticas,
conseguindo efeitos considerados impossíveis de forma natural. O mecanismo de
manipular a luz desafia os limites de resolução das lentes comuns, o que
através da construção de sistemas óticos é capaz de criar a impressão de o que
objeto é invisível.
10) Alterações climáticas
Durante os
últimos 40 anos, pesquisadores se perguntavam: O mundo está aquecendo? Se sim,
é culpa dos humanos? E seria a natureza capaz de superá-lo? Porém, nos últimos
anos os cientistas passaram a concordar com as respostas: sim, sim e não,
exatamente como supunham. Em 1995 o Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas das Nações Unidas (IPCC) afirmou: “A análise das evidências sugere
que os seres humanos estejam influenciando o clima global”. Em 2007, com os
dados colhidos pelos pesquisadores, provocaram uma mudança no discurso do
Painel: “O aquecimento global é inequívoco, e muito provavelmente é causado
pela ação humana”. Os efeitos do aumento da emissão dos gases causadores do
efeito estufa nos mares e geleiras foram mais rápidos do que o esperado, e as
mudanças de comportamento esperadas por governos de alguns países, como EUA,
não estão acontecendo.
Via scienci
Via cienci
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