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Mostrando postagens de julho, 2018

Lesmas movidas a energia solar escondem segredos incríveis - mas estão desaparecendo

A lesma marinha fotossintética, que vive na Costa Leste dos EUA, está se tornando tão rara que está impossibilitando pesquisas sobre ela. A vida tem certas regras e padrões. As plantas, com sua incrível capacidade de aproveitar a energia do sol, não ficam perambulando por aí. Elas não precisam. Mas os animais, sem o maravilhoso poder da fotossíntese, ficam. Eles correm, deslizam, voam. Eles procuram plantas e as comem. Eles certamente não são capazes de fazer fotossíntese, ou é o que diz no manual dos animais. Esse é o papel de uma planta. Mas uma pequena lesma-do-mar não está nem aí para essas regras. Estes animais - Elysia chlorotica - que vivem na costa leste dos EUA, não se dão por satisfeitos em boiar por aí comendo algas. Em vez disso, eles roubam os motores moleculares que permitem que as plantas colham energia solar. As lesmas colocam essas mini máquinas, chamadas cloroplastos, em sua pele, o que as torna verdes esmeralda. Experimentos mostraram que

Físicos neozelandeses criam exame de raios X colorido

A técnica permite que os médicos vejam não só ossos – mas músculos, gordura e qualquer material que estiver ao redor, tudo em 3D. Se a televisão já foi em preto e branco e hoje é colorida, 3D e até 4K, porque os exames de raios X ficariam atrás? Pelo menos foi o que pensou a dupla de cientistas – que são também pai e filho – Phil e Anthony Butler. Eles desenvolveram um equipamento capaz de trazer imagens em altíssima resolução, coloridas e repletas de informações sobre o corpo humano. Juntos, os dois físicos – um, que foi para área de medicina e o outro, engenharia – fundaram a MARS Bioimaging, uma empresa muito bem relacionada. Em primeiro lugar, porque a startup funciona em parceria com as duas universidade neozelandesas onde eles são professores, Canterbury e Otago. E por último, mas não menos importante, a tecnologia do scanner é emprestada de ninguém menos do que o CERN, sigla dos laboratórios da Organização Europeia de Pesquisa Nuclear. Talvez o nome soe familia

O médico brasileiro que busca a cura definitiva do HIV combinando tratamentos e vacina personalizada

Há seis anos, o infectologista Ricardo Diaz devota a maior parte do tempo do seus dias à solução de um problema global: a infecção pelo vírus HIV. E ele pode estar chegando mais perto da cura, conforme indicam os resultados preliminares de seu experimento, obtidos pela BBC News Brasil. Diaz, que é pesquisador da Escola de Medicina da Unifesp, lidera um estudo que, no último ano, conseguiu erradicar completamente o vírus HIV de duas pessoas soropositivas, segundo os resultados. Agora, elas estão sendo acompanhadas para ver como seu organismo reage sem o tratamento experimental. O estudo ainda não foi publicado, mas será apresentado na íntegra, pela primeira vez, no Congresso Internacional de Aids, o mais importante do mundo sobre o tema, que acontece na Holanda a partir desta segunda-feira. A infectologista Melissa Medeiros, especialista em HIV e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia, diz que a pesquisa é "extremamente promissora" e "tra

Reino Unido avança para criação de bebês geneticamente modificados

Relatório estabelece recomendações éticas para que a edição genética não divida a sociedade Os bebês geneticamente modificados são possíveis só em tese por enquanto, mas o Reino Unido já se prepara para esse tipo de intervenção genética dos pais sobre seus filhos. Se a tecnologia evoluir e se tornar viável clínica e legalmente, medidas específicas devem ser tomadas. É isso que concluiu uma análise do Nuffield Council on Bioethics, conselho de bioética formado pela Fundação Nuffield, pelo Conselho de Pesquisa Médica e pela organização sem fins lucrativos Wellcome Trust, cujo foco é ajudar a melhorar a saúde da população. “Há um potencial para intervenções na edição de herança genética serem usadas, em algum ponto no futuro, na reprodução humana assistida, como um meio para as pessoas garantirem certas características em seus filhos. Inicialmente, isso pode envolver a prevenção de transmissão hereditária de problemas genéticos específicos. Entretanto, se a tecnologia se des

'Aposentadas' por antibióticos, larvas de mosca voltam a ser usadas para tratar feridas crônicas

Uma antiga forma de tratamento de feridas crônicas, que havia sido descartada com o surgimento dos antibióticos, está voltando a ser usada em alguns hospitais dos EUA, Europa e América Latina. No Brasil, ela vem sendo pesquisada em algumas universidades e é aplicada rotineiramente em pelo menos um hospital, o Universitário Onofre Lopes (HUOL), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Trata-se da terapia larval ou larvoterapia, que, como o nome sugere, é o uso de larvas, no caso de moscas, para a cicatrização de ferimentos que resistem à cicatrização. Elas agem na ferida por meio de quatro mecanismos: removem o tecido necrosado (morto), rompem o biofilme bacteriano (uma comunidade de microrganismos extremamente organizada que interfere muito no processo de reparação da ulceração), promovem o crescimento de tecido sadio e eliminam bactérias que causam a infecção. Apesar de parecer repulsivo para muita gente, o tratamento tem se mostrado em alguns casos m

Cientistas identificam fonte de misteriosas emissões que estão destruindo camada de ozônio

Nos últimos meses, cientistas de todo o mundo foram surpreendidos com um misterioso aumento das emissões de gases que estão comprometendo, de forma drástica, a camada de ozônio que protege a Terra. Agora, um grupo de pesquisadores acredita ter descoberto os responsáveis pelos danos ao meio ambiente: espumas de isolamento térmico de poliuretano, produzidas na China para uso em residências. A Agência de Investigação Ambiental (EIA, na sigla em inglês), com base no Reino Unido, identificou a presença de CFC-11, ou clorofluorocarbonos-11, na produção dessas espumas na China. O composto químico havia sido proibido em 2010, mas está sendo usado intensamente em fábricas chinesas. O relatório da EIA apontou a construção de casas na China como fonte das emissões atípicas de gases. Há dois meses, pesquisadores publicaram um estudo que mostrava que a esperada redução do uso de CFC-11, banido há oito anos, havia desacelerado drasticamente. Os pesquisadores suspeitavam que o

Por demora em diagnóstico ou falta de antídoto, escorpiões passam a matar mais que cobras no Brasil

O tratorista Valdomiro Vieira dos Santos Neto, 34 anos, sempre esteve atento às cobras. Trabalhador de uma usina de cana-de-açúcar na região de Miguelópolis (SP), ele sabe da ameaça venenosa que representa uma cascavel, por exemplo. Mas não imaginava que um bicho peçonhento muito menor teria o poder de devastar sua família. Há um mês, a picada de um escorpião causou a morte de Felipe, seu filho de 3 anos. O menino foi atacado na mão enquanto brincava com um caminhãozinho dentro de casa. "A gente tem que evitar entrar em contato com um animal desses", disse Valdomiro, bastante abalado. "Mas eu não tinha essa instrução." Responsável por 184 mortes no Brasil em 2017, o escorpião ultrapassou as serpentes no topo do ranking de animais peçonhentos que mais matam no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde. No mesmo ano, foram registrados 105 casos de morte por veneno de cobra. De 2013 para cá, aumentou em 163% o número de óbitos causados por

Vacina contra HIV se mostra promissora em testes com humanos e macacos

Uma nova vacina contra o HIV apresentou resultados promissores. O tratamento conseguiu fazer com que o sistema imunológico de pessoas vacinadas produzisse respostas contra o HIV, segundo um estudo publicado na revista científica Lancet. Porém, ainda não é possível saber se essas pessoas não seriam contaminadas pelo HIV se tivessem contato com o vírus. "Os desafios no desenvolvimento de uma vacina contra o HIV não têm precedentes. A capacidade de induzir uma resposta do sistema imunológico contra o HIV não necessariamente significa que a vacina vai proteger humanos contra a infecção", alerta Dan Barouch, professor de medicina da Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, e coordenador do estudo. Em paralelo, foi realizado um estudo com macacos, também com resultados animadores. Os animais foram vacinados contra um vírus semelhante ao HIV, mas que afeta os macacos, e 67% deles ficaram protegidos contra o vírus. Cerca de 37 milhões de pessoas no mundo

Cientistas encontram quase mil genes relacionados à inteligência

Também foram observadas relações entre novos genes e transtornos como a depressão, a ansiedade e o autismo Há um tempo, pesquisadores já haviam notado que alguns traços de inteligência e algumas desordens de personalidade são herdadas geneticamente. Mas, para os geneticistas, não é nada fácil identificar quais genes definem isso. Pela primeira vez, os estudos de um grupo internacional de pesquisadores estão dando os primeiras respostas para essa questão. No ano passado, eles descobriram 52 genes ligados à inteligência através de um estudo que envolveu a informação genética de 80 mil pessoas. Agora, os mesmos cientistas vão adicionar 939 genes à essa lista, baseando-se em um banco genético com mais de 250 mil indivíduos. De acordo com os novos estudos publicados no final de junho, muitos dos genes responsáveis pela nossa inteligência também podem estar relacionados ao autismo, ansiedade e depressão. Além disso, por serem pioneiras na identificação de tipos específicos

Vespa amazônica apresenta ferrão parecido com "uma arma feroz"

Pesquisadores descobriram uma nova espécie de vespa que usa seu ferrão tanto para pôr seus ovos quanto para envenenar seus hospedeiros Enquanto exploravam o território entre os Andes e a Floresta Amazônica, entomologistas se depararam com uma estranha e nova espécie de vespa: a Clistopyga crassicaudata, um inseto com um ferrão semelhante à uma arma, usado tanto para botar ovos quanto para envenenar hospedeiros. Por ser um parasitoide, a vespa injeta um veneno que paralisa outros insetos vivos, facilitando o depósito de larvas neles. Isso também pode ser observado em outras espécies de vespa, que também botam seus ovos em outros invertebrados, mas a Clistopyga crassicaudata, em especial, ostenta um ferrão muito maior do que as outras vespas — e bem mais selvagem também. “Eu estudo vespas parasitóides há muito tempo, mas eu nunca havia visto algo assim. O ferrão parece uma arma feroz”, afirma Ilari E. Sääksjärvi, professor da Universidade de Turku, na Finlândia, e coa