Também foram observadas relações entre novos genes e
transtornos como a depressão, a ansiedade e o autismo
Há um tempo, pesquisadores já haviam notado que alguns
traços de inteligência e algumas desordens de personalidade são herdadas
geneticamente. Mas, para os geneticistas, não é nada fácil identificar quais
genes definem isso.
Pela primeira vez, os estudos de um grupo internacional de
pesquisadores estão dando os primeiras respostas para essa questão. No ano
passado, eles descobriram 52 genes ligados à inteligência através de um estudo
que envolveu a informação genética de 80 mil pessoas. Agora, os mesmos
cientistas vão adicionar 939 genes à essa lista, baseando-se em um banco
genético com mais de 250 mil indivíduos.
De acordo com os novos estudos publicados no final de junho,
muitos dos genes responsáveis pela nossa inteligência também podem estar
relacionados ao autismo, ansiedade e depressão. Além disso, por serem pioneiras
na identificação de tipos específicos de células encarregadas pelo intelecto e
pela saúde mental, as pesquisas podem pavimentar novas formas de educar e de
criar terapias.
Em um dos estudos, foi notado que genes associados a um
maior nível de inteligência aparecem em pessoas que vivem mais e que não
apresentavam Alzheimer, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade ou
esquizofrenia. Por outro lado, foi observada também uma correlação entre esses
genes e o autismo.
No outro estudo, liderado pela mesma geneticista dos outros
dois — Danielle Posthuma, da Universidade Livre de Amsterdã — cerca de 500
genes estavam relacionados a doenças como ansiedade e depressão, de acordo com
os dados de mais de 440 mil indivíduos.
Os pesquisadores também conseguiram identificar que pessoas
ansiosas haviam herdados genes diferentes daquelas que tinha depressão, o que
sugere que cada uma dessas condições é causada por diferentes mecanismos
genéticos.
“Se você consegue entender os mecanismos no nível celular,
você também pode começar a olhar para os candidatos a medicamentos”, afirma
Posthuma. Com as novas descobertas, os pesquisadores já identificaram diversos
compostos que podem ser transformados em drogas farmacêuticas para a prevenção
de doenças como o Alzheimer.
Com informações de Science.
Via | Galileu
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