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Mostrando postagens de junho, 2018

Que partes do corpo já foram consideradas remédio pela medicina?

Do antigo Egito até o século 19, muitas doenças eram tratadas com a ingestão de pedaços ou fluidos humanos. Eca! ILUSTRARubens Gomes Faca na caveira No século 10, médicos escoceses pulverizavam o musgo que crescia no crânio de corpos decompostos. Fumar o pó supostamente aliviava enxaquecas. Na Idade Média, seu poder “aumentou”: ele já tratava também epilepsia. Na Europa de 1700, recomendava-se que o crânio fosse de alguém que teve uma morte violenta e nunca havia sido sepultado. E, na Inglaterra, Carlos II popularizou uma bebida “revigorante” com essência de crânio humano Miolo ao vinho Triture um cérebro fresquinho, misture com vinho e deixe descansar por seis meses. Pronto! Eis um dos remédios, no século 17, para “males da cabeça” – recomendado até por cientistas renomados, como o médico John French e o químico Johann Schroeder. No Egito, o Ebers Papyrus (o tratado médico mais antigo que existe) sugere o uso de cérebro para restaurar lesões oculares A banha qu

4 tratamentos sexuais bizarros que a medicina já recomendou

Envolta em tabus, a sexologia demorou a vingar como ciência. Até lá, rolou muita bizarrice Cabra-macho No fim do século 19, o norte-americano John Brinkley ficou famoso por realizar implante de testículos de bode para “resolver” impotência sexual e infertilidade. Parece loucura? Teve homem fazendo fila (e desembolsando US$ 750) depois que um agricultor do Kansas alegou finalmente ter gerado um filho após a cirurgia Vibrador nelas! Hoje restrito a sex shops e envolto em muito tabu, o vibrador foi publicamente celebrado quando surgiu, em 1869. Ele aliviou a carga de trabalho dos médicos, que passavam horas massageando o clitóris das pacientes para tratar “histeria” – a “doença” associada a qualquer mulher na época com libido similar à dos homens Preservativo natural Segundo registros de 1850 a.C., as egípcias inseriam excremento de crocodilo na vagina como método contraceptivo. Elas acreditavam que a substância matava os espermatozoides. Quase 300 anos depo

O ser humano só usa 10% do cérebro. Verdade ou mentira?

Veja o que a ciência tem a dizer sobre uma das questões mais recorrentes envolvendo a mente humana É tentador pensar que o cérebro ainda tem 90% de funcionalidades a explorar. Mas não é verdade. O órgão opera em potência máxima o tempo todo. Uma prova disso é que quando você está deitado, no mais puro ócio, seus músculos consomem pouca energia. Se você levantar e sair correndo, eles vão gastar cem vezes mais calorias do que quando estava deitado. O cérebro opera numa lógica diferente. Ao resolver problemas difíceis, ele consome apenas 1% a mais de energia do que quando você pensava no nada. O responsável por isso é o inconsciente. Os exames de ressonância magnética, por exemplo, demonstram que diversas partes do cérebro são demandadas para realizar atividades simples, como mover os dedos. Em 2015, pesquisadores do MIT, nos EUA, utilizaram eletrodos para medir movimentações neurais de 2,7 mil pontos do córtex. O estudo descobriu que o cérebro toma diferentes caminhos para real

Qual é de fato a quantidade de proteína de que nosso corpo precisa?

No início do século 20, Vilhjalmur Stefansson, explorador do Ártico, passou cinco anos comendo só carne. Isso quer dizer que sua dieta era composta por cerca de 80% de gordura e 20% de proteína. Vinte anos depois, em 1928, ele repetiu o mesmo tipo de alimentação como parte de um experimento de um ano, no Hospital Bellevue, em Nova York. Stefansson queria derrubar a tese de que seres humanos não são capazes de sobreviver comendo apenas carne. Mas, em ambos os cenários, ele logo adoeceu. Foi vítima de uma "intoxicação por proteínas", também conhecida como rabbit starvation ("inanição do coelho"), que ocorre quando ingerimos carnes magras, como a do coelho, sem qualquer complemento de gordura. Os sintomas desapareceram depois que ele diminuiu o consumo de proteína e aumentou a ingestão de gordura. Na verdade, ao voltar a Nova York e a uma típica dieta americana, com níveis moderados de proteína, Stefansson notou que sua saúde havia piorado. Por isso,

Na contramão de Europa e EUA, Brasil caminha para liberar mais agrotóxicos

Se o novo PL 6.299/2002, aprovado na noite de segunda-feira por uma comissão especial da Câmara dos Deputados, virar a nova lei de agrotóxicos, o Brasil estará na contramão das decisões recentes de países da União Europeia. É o que diz a pesquisadora Larissa Mies Bombardi, do Laboratório de Geografia Agrária da Universidade de São Paulo (USP), autora do atlas Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia, de 2017, que mapeia o uso dessas substâncias em todo o país e o compara com o uso nos países da UE. "Para se ter uma ideia, eles (os europeus) acabaram de proibir o uso de inseticidas chamados de neonicotinoides, que são dos mais vendidos no mundo, por que pesquisas mostravam uma relação entre eles e a mortandade de abelhas", disse à BBC News Brasil. "Aqui, essas substâncias ainda são usadas. E agora, com o novo projeto de lei, ainda vamos ampliar o leque de agrotóxicos disponíveis no mercado." O projeto, proposto

Pesquisadores brasileiros desenvolvem material potente para dessalinização de água salobra

Cientistas descobriram carvão capaz de reter quase seis vezes mais elementos químicos, por meio de um método chamado de deionização capacitiva Transformar água salgada em potável é, hoje, uma de nossas principais alternativas diante de um possível futuro sedento para toda a humanidade. Mas a dessalinização é também uma das mais caras. Existem algumas formas de realizar o processo. Os dois principais métodos para filtrar a água marinha — a destilação e a osmose reversa — são custosos para desenvolver e fazer a manutenção. Além disso, a energia consumida nos processos é outro fator limitante para muitos países. Um meio mais recente trazido dos Estados Unidos tem sido estudado por cientistas brasileiros, a deionização capacitativa, e pode deixar o processo bem mais em conta. Apesar de ainda não ser capaz de filtrar a água do mar, consegue transformar água salobra em potável sem utilizar muitos recursos energéticos. O professor de engenharia química Luís Augusto Marti

Biólogos acusam Coca-Cola de secar nascentes em Minas Gerais

Associação ambiental afirma que, em três anos, fábrica na Grande Belo Horizonte afetou vazão de nascentes e lençóis freáticos. Empresa nega irregularidades, e Ministério Público diz que estudos são "insuficientes". Secou tudo, olha só. Que tristeza", lamenta Sebastião Gomes de Laia enquanto caminha pelo lamaçal coberto de capim às margens da rodovia BR-040, em Minas Gerais. "Tudo o que você está vendo aqui era água, onde o pessoal pescava traíra", recorda o pintor de 65 anos, um dos primeiros a ocupar os terrenos do bairro Água Limpa, perto de Itabirito, na região metropolitana de Belo Horizonte. Laia chegou ali, na encosta da Serra da Moeda, em 2008. Sete anos depois, em 2015, foi inaugurado o projeto de um novo empreendimento em Itabirito: a Fábrica da Coca-Cola FEMSA, aclamada pelo então governador, Antonio Anastasia (PSDB), como unidade geradora de renda e empregos para a região. No entanto, com a inauguração da fábrica, a água da região p

Após terapia experimental, médicos dizem que mulher em estágio terminal está livre do câncer

A vida de uma mulher com câncer de mama em estágio considerado terminal foi salva por um tratamento pioneiro, que consiste na aplicação de 90 bilhões de células imunológicas cujo objetivo é combater o tumor. Segundo pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer, nos EUA, o tratamento ainda é experimental, mas pode ter efeito transformador em todas as terapias de combate ao câncer. A mulher em questão é a americana Judy Perkins, 49 anos, que havia recebido, dois anos atrás, o prognóstico de que teria apenas três meses de vida restantes. A moradora da Flórida tinha câncer de mama em estágio avançado, que estava se espalhando - já havia tumores do tamanho de uma bola de tênis em seu fígado e em outras partes do corpo - e não havia mais perspectiva com tratamentos convencionais. Hoje, porém, não há vestígios do câncer em seu corpo, segundo médicos. E Judy tem aproveitado a vida viajando e praticando canoagem. "Cerca de uma semana depois (do tratamento pion