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Mostrando postagens de abril, 2018

Anticorpos ruins se tornam bons – arma secreta do sistema imunológico descoberta

As “maçãs podres” do sistema imunológico também são sua arma secreta, de acordo uma importante nova pesquisa. Os cientistas revelaram como uma população de “maus” anticorpos no sistema imunológico — que geralmente são “silenciados” porque podem prejudicar o corpo — pode fornecer proteção crucial contra micróbios invasores. As “maçãs podres” do sistema imunológico também são sua arma secreta, de acordo com uma importante pesquisa australiana publicada hoje na Science1 por institutos do Instituto Garvan de Pesquisa Médica de Sydney. Na pesquisa, realizada em camundongos, eles revelaram como uma população de “maus” anticorpos no sistema imunológico — que geralmente são “silenciados” porque podem prejudicar o corpo — pode fornecer proteção crucial contra micróbios invasores. Os “maus” anticorpos são conhecidos por reagirem contra os próprios tecidos do corpo e podem causar doenças auto-imunes. Por esta razão, pensava-se que eles haviam sido descartados pelo sistema imun

Se baleia respira oxigênio, por que morre quando encalha?

Peso e temperatura elevados debilitam mortalmente os gigantes mamíferos A morte se dá por fatores como aumento de temperatura corporal e compressão de órgãos internos. Na verdade, cerca de 80% das baleias encalhadas chegam à praia mortas e as sobreviventes muito debilitadas. Só em 2015, 57 baleias foram encontradas na costa brasileira e, apesar de os encalhes serem acidentais, alguns cientistas acreditam que animais extremamente machucados nadem em direção à praia como último recurso para manter o orifício respiratório fora da água e conseguir respirar. A teoria ainda não foi comprovada, mas as chances de sobrevivência são baixas e o tempo para socorro é curto – no máximo uma semana. Além disso, o resgate requer apoio de instituições autorizadas e do corpo de bombeiros para manejar as toneladas dos bichos. As sobreviventes são devolvidas ao mar e as carcaças das que não resistiram vão para institutos de pesquisa para serem estudadas e, em seguida, enterradas com apoio de trat

Brasileira ganha prêmio da Real Sociedade de Química, no Reino Unido

Márcia Mesko lidera pesquisas sobre elementos químicos em universidade federal Uma cientista brasileira se tornou a primeira latino-americana a conquistar o Prêmio Pesquisador Emergente, da Real Sociedade de Química, do Reino Unido. A pesquisadora Márcia Mesko foi escolhida para receber a edição de 2018 do prêmio, que tem como objetivo valorizar os jovens cientistas de todo o mundo. Márcia tem mestrado e doutorado em Química na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, e desenvolve pesquisas na área de determinação de elementos, ajudando a encontrar e quantificar elementos, especialmente os metais e os halógenos. Este último grupo, de acordo com a cientista, é pouco estudado por pesquisadores no mundo. Além de pesquisadora, a cientista é professora do Centro de Ciências Químicas, Farmacêuticas e de Alimentos da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). A premiação é promovida pelo Jornal de Espetometria Atômica Analítica, uma publicação da

Espécie de formiga explode suas tripas sobre insetos inimigos

Formigas encontradas na Ásia liberam uma secreção tóxica e gosmenta para defender suas colônias — e morrem ao fazê-lo Depois de 83 anos sem novidades, entomologistas anunciaram a descoberta de uma nova espécie de formiga capaz de se explodir para proteger a sua comunidade — a última espécie do tipo foi descrita em 1935. Trata-se da Colobopsis explodens, presente nas florestas de Bornéu, ilhas do sudeste asiático. Quando está sob ataque de outros insetos, ela é capaz de explodir suas “tripas” sobre os inimigos. Acontece que, para proteger a colônia, elas não só mordem o invasor como também são capazes de flexionar suas partes traseiras até que seu abdômen exploda. Assim, elas liberam uma secreção amarela e gosmenta — e com cheiro de curry — sobre os outros insetos que pode retardar o avanço dos invasores ou até mesmo matá-los. Mas há um preço a se pagar pelo violento contra-ataque: assim como acontece com as abelhas quando picam, elas morrem no final da batalha.

Como o Brasil trata a acrilamida, substância presente no café e no pão que pode causar câncer

Na Califórnia, o café amargou: um juiz determinou, no final de março, que 90 estabelecimentos que vendem a bebida - incluindo a gigante Starbucks - devem alertar sobre os riscos de câncer que ela representa. As ameaças em questão giram em torno de uma substância chamada acrilamida, que surge quando alguns alimentos são torrados, grelhados ou fritos em altas temperaturas. É o caso não só do café mas também de alimentos ricos em carboidratos, como batatas, pães e biscoitos. A decisão do juiz na Califórnia se baseia na legislação do estado americano, mais especificamente na chamada Proposta 65. Ela prevê que empresas devem alertar aos consumidores sobre a presença de componentes tóxicos em seus componentes. A lista de substâncias potencialmente perigosas à saúde - hoje, eles já somam 900 substâncias. A acrilamida foi incluída na lista em 1990 após estudos indicarem o surgimento de tumores associados a ela em cobaias. Testes em humanos ainda são inconclusivos. Mas, segu

Por que surgem as verrugas?

Essas incômodas protuberâncias são meras manifestações do papilomavírus humano (HPV) na pele. O contágio pode acontecer por contato direto com a verruga, relações sexuais ou até mesmo no parto. São cinco tipos: • Plana: a mais comum, como a da foto que ilustra esse post; • Plantar: o “olho de peixe”, que incomoda na sola dos pés; • Vulgar (sem ser sexy): geralmente ocorre em mãos e pés, perto das unhas; • Genital: “um vírus que se pega com mil fantasias” causa a verruga mais inconveniente de todas, alojada nas áreas mais íntimas que uma pessoa pode ter; • Filiforme: aquela “penduradinha“no rosto e no pescoço, mais frequente em idosos. Fontes: André Costa Beber, da Soc. Bras, de Dermatologia (RS); Murilo Drummond, do Inst. de Pós-Graduação Carlos Chagas; OMS Via | superinteressante

O que esses três cientistas estavam fazendo quando tinham a sua idade?

Dos 20 aos 30: Juventude transviada Darwin foi um universitário indeciso: tentou a faculdade de Medicina, mas não teve estômago nem paciência para ir até o final. Seu pai, então, o matriculou em Teologia. Na época, era dado como certo que os animais eram criação de Deus, então a melhor maneira de se tornar biólogo era se tornar um religioso de profissão. Quando embarcou no HMS Beagle para a longa expedição científica que o levaria às Galápagos, sua família ficou brava com a atitude de moleque inconsequente – queriam que ele fosse pároco. Com ajuda da irmã mais velha, Curie deixou a Polônia para cursar Física e Química na França em 1891, quando já tinha 24 anos – por vários anos, passou fome e frio e morou em um porão minúsculo, pagando as mensalidades aos trancos e barrancos. Foi uma ótima aluna na adolescência, mas não pode começar a carreira em seu país natal porque, na época, mulheres eram proibidas nas instituições de ensino superior locais. Foi autodidata e frequen

Por que os exercícios aumentam o tamanho dos músculos?

Henry Cavill, o Superman dos cinemas, tem tantas células nos músculos quanto você. A diferença é que as dele são mais desenvolvidas. Elas crescem com a prática de exercícios. “É a hipertrofia muscular, que acontece principalmente quando fazemos treinamento de força”, diz Patricia Brum, professora de Fisiologia da Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo. Toda vez que você levanta um peso com o braço, seu organismo produz as proteínas chamadas miosina e actina, responsáveis, no caso, pela contração do bíceps. Quanto mais dessas proteínas você tiver, mais forte será. Como os atletas produzem muita actina e miosina, as células aumentam de tamanho para abrigá-las. Daí a possibilidade de esculpir o corpo. QUEM TEM A FORÇA Só a célula que dá duro acumula proteínas. As células musculares são muito diferentes das outras do corpo. Têm formato alongado e uns canais chamados miofibrila. Sem exercício, esses microtubos murcham. Quando convocadas a

Como um tropeiro do século 18 espalhou mutação genética rara que causa câncer no Brasil

Maria Isabel Achatz ainda estava na faculdade de Medicina, em São Paulo, no final dos anos 1990, quando encontrou a paciente que mudaria sua carreira e sua vida para sempre. Era uma mulher que havia tido câncer seis vezes - em todas elas, tumores primários, ou seja, independentes um do outro. "Naquela época ainda não podíamos consultar a internet, então fui na biblioteca da universidade, comprei um artigo científico e tive que esperar um mês para que ele chegasse", relembra. "Falei com meus orientadores que achava que era um caso de Síndrome de Li-Fraumeni, e eles me disseram: 'Isabel, só tem 200 casos dessa doença no mundo. Você acha realmente que viu um deles aqui?'. E eu respondi: 'Acho, sim'." O mistério da paciente não foi resolvido, porque a estudante deixou de atendê-la. Mas, por causa da suspeita, ela descobriu, anos depois, uma mutação genética que tornou a doença, considerada rara, mais comum no Sul e no Sudeste do Brasi

De onde vem o mito de que a Índia é um país vegetariano

Quais são os mitos e estereótipos mais comuns sobre os hábitos alimentares dos indianos? O principal, é claro, é que a Índia é um país majoritariamente vegetariano. Mas não é assim na realidade. Estimativas informais feitas no passado apontavam que mais de um terço da população do país era vegetariana. Três pesquisas do governo indicam que esse índice varia entre 23% e 37%. Por si só, isso não é muito revelador. No entanto, um novo estudo do antropólogo Balmurli Natrajan e do economista Suraj Jacob indica que mesmo esses resultados são inflados por conta de pressões "culturais e políticas", o que faz com que algumas pessoas não informem que comem carne, especialmente a bovina, e digam consumir mais comida vegetariana do que de fato o fazem. Hindus, que são 80% da população, são grandes consumidores de carne. Mesmo entre as castas mais altas e privilegiadas da sociedade indiana, só um terço são vegetarianos. Os dados do governo mostram que residências c

Cientistas brasileiros começam testes em humanos de droga que pode recuperar paralisias

Pesquisadores da UFRJ começaram a recrutar pacientes para o primeiro ensaio clínico da polilaminina, substância que estudos anteriores em animais mostraram ser capaz de promover a regeneração de nervos danificados. A ideia é aplicar a polilaminina em pessoas que cheguem aos hospitais participantes — Sousa Aguiar, no Centro do Rio, e Azevedo Lima, em Niterói — com lesões na medula para ver se é possível também reduzir as sequelas ou mesmo evitar a paralisia provocada por esse tipo de trauma em humanos. — Nos testes com ratos vimos que, quando as lesões foram moderadas, como a compressão da medula, eles recuperaram totalmente os movimentos. Já quando a transecção (corte) da medula foi completa, a recuperação foi menor — conta Tatiana Sampaio, chefe do Laboratório de Biologia da Matriz Extracelular do Instituto de Ciências Biológicas da UFRJ, responsável pelo experimento. — Mas nossa expectativa é observar uma melhora motora significativa dos pacientes recrutados, incluindo