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Mostrando postagens de dezembro, 2017

Terapia genética torna célula capaz de combater o vírus HIV

Estudo abre possibilidade de tratamento sem os antirretrovirais Célula T sendo atacada por vírus HIV  - Institutos Nacionais de Saúde dos EUA Uma nova abordagem para o tratamento da AIDS aposta na terapia genética para alterar a resposta imunológica do organismo, fazendo com que pacientes possam combater a infecção sem o uso de outros medicamentos. Em laboratório, cientistas modificaram o DNA de células-tronco hematopoiéticas — responsáveis pela formação dos componentes do sangue — e as injetaram em primatas. Dois anos após o experimento os animais continuavam produzindo linfócitos T capazes de combater o vírus HIV, causador da AIDS. — Os linfócitos T são componentes essenciais na resposta imunológica do organismo, mas em infecções por HIV eles não conseguem cumprir essa função naturalmente. Então, o que tentamos fazer foi modificar a resposta imunológica especificamente para o HIV. E estamos fazendo isso, basicamente, com uma molécula sintética que altera os genes de cél

A ciência recomenda: não passe mais de 12 segundos fazendo cocô

Pelo menos, essa é a média entre os mamíferos. Taí uma informação que você não esperava ler hoje. Não que alguém costume cronometrar, mas o tempo que passamos no banheiro não é exatamente 100% útil. Se estivéssemos ali só com o simples e nobre propósito de evacuar, poderíamos resolver tudo bem rápido, mandando as fezes esgoto abaixo em segundos – literalmente. De acordo com cientistas do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos EUA, um prazo razoável para a tarefa fica na casa dos 12 segundos. É, pelo menos, o tempo que a maioria dos mamíferos costuma levar, independente de seu tamanho. A duração desse período de pit stop seria realmente importante se ainda tivéssemos uma vida selvagem. Evacuar de forma rápida é uma verdadeira estratégia evolutiva, uma vez que o cheiro que vem junto do produto final pode atrair predadores. “Ao permanecer por muito tempo na tarefa, [os animais] se expõem demais, além de terem mais risco de serem descobertos”, disse Patricia Yang, uma das

Além do ATCG: cientistas adicionam novo par de bases ao DNA

E uma célula conseguiu usar esse DNA feito pelo homem, junto com o natural, para produzir proteínas que antes seriam impossíveis. Computadores leem código binário, células leem DNA. No fundo, é a mesma coisa: um usa combinações de 0 e 1 para armazenar arquivos de computador, o outro usa combinações das letras A, T, C e G para armazenar o manual de instruções dos seres vivos. As combinações dessas quatro letras do DNA (chamadas bases nitrogenadas) definem os aminoácidos, as peças de LEGO que compõem as proteínas. A arginina, um dos aminoácidos básicos, por exemplo, pode ser codificada como CGC, CGA, CGG e CGT. Fica ao gosto do freguês: as três combinações tem o mesmo resultado. No total, as 64 combinações de três letras possíveis codificam vinte aminoácidos diferentes. Os vinte pedacinhos essenciais para fabricar as proteínas de todos os seres vivos.    Com esse princípio em mente, o químico Floyd Romesberg , de um instituto de pesquisa privado da Califórnia, deu um

Implante “desperta” homem em estado vegetativo há 15 anos

Após um mês de estímulos no nervo vago, o paciente mostrou sinais de consciência: arregalou os olhos, prestou atenção em histórias e moveu a cabeça Publicado em 25 set 2017 (BlackJack3D/gemenacom/iStock) Um homem que estava há 15 anos em estado vegetativo moveu a cabeça e arregalou os olhos após receber estímulos elétricos no nervo vago, um dos principais responsáveis por conectar o cérebro ao resto do corpo. Em uma cirurgia de 20 minutos, um pequeno aparelho elétrico foi implantado no pescoço do paciente, que perdeu a consciência após sofrer ferimentos graves na cabeça em um acidente de carro em 2002. Após um mês recebendo pequenos choques na região, ele recobrou traços superficiais de consciência: se mantém alerta enquanto uma história é lida em voz alta, e arregala os olhos quando alguém se aproxima de seu rosto. Ele também é capaz de mover a cabeça a pedido dos médicos – embora demore cerca de um minuto para completar a tarefa. A melhora visível no quadro clínico

A ciência e a urina

Em 1669, o alquimista alemão Hennig Brandt começou a destilar urina humana. Ele tinha esperança de que o líquido fosse um remédio capaz de curar todas as enfermidades e que, por ser amarelo, pudesse conter ouro. Ferveu a urina e a deixou condensar, mas é claro que não encontrou nenhum metal precioso. Conseguiu apenas uma pasta branca que, quando esquentada, entrava em combustão. Brandt havia descoberto o elemento fósforo. A urina é uma combinação de vários detritos do corpo. Entre eles estão substâncias orgânicas e fosfatos – compostos que pegam fogo facilmente quando em contato com carbono. Ao aquecer, as substâncias orgânicas se transformaram em carvão – que nada mais é do que carbono – e fizeram a mistura pegar fogo. Brandt percebeu que a descoberta era importante, mas ainda foi preciso muitas outras pesquisas antes que ela pudesse ter alguma função prática. Os palitos atuais, por exemplo, são feitos de uma massa com clorato de potássio, que reage com o fósforo presente na

Macacos são vistos transando com cervos no Japão

As fêmeas descobriram que as costas dos cervos são uma ótima superfície para se masturbar. E eles não parecem se importar muito com isso. Até o momento em que eles põem de lado as convenções da natureza e… bem, ensaiam uma espécie de sexo, ainda que envergonhado. Não acredita? Veja o vídeo abaixo.   A cena foi registrada por biólogos e psicólogos de uma universidade canadense no norte da província de Osaka, no Japão. Nas interações filmadas acima (e também relatadas neste artigo científico), os macacos são todos fêmea, e os cervos, todos machos. A iniciativa é sempre símia – os cervos ficam parados, com cara de paisagem, enquanto as fêmeas primatas se esfregam nas suas costas. Em outra ocasião, registrada em janeiro deste ano na ilha de Yakushima, sul do país, os sexos se inverteram: um macaco macho foi visto montado em uma fêmea de cervo. Moradores de várias partes do Japão relatam esse tipo de interação desde 2014. Cachorros domésticos montam em objetos, bich

Rosado e peludo: o menor tatu do mundo

Ele é pequeno, peludo, e rosado. Não é um grande animal, nem o protagonista de um conto de fadas, mas poderia ser. O pichiciego-menor (Chlamyphorus truncatus), mede pouco mais de 10cm, passa a maior parte de sua vida escavando embaixo da terra, e uma carapaça rosada cobre o seu suave pelo branco. É o menor tatu do mundo, se alimenta de invertebrados e plantas, é e visto raramente na superfície. Encontrado nas planícies da Argentina, o pichiciego-menor é muito suscetível ao estresse e não tolera bem encontros com humanos. "É um animal muito delicado, que em cativeiro vive no máximo oito dias, e morre", disse à BBC Mundo Mariella Superina, especialista na preservação de tatus. Por sua raridade, esses animais se tornaram "uma obsessão" para Superina. "Apesar do nome 'pichiciego', esses animais não são realmente cegos. Conseguem distinguir claridade de escuridão. "Pichi' significa 'minúsculo' na língua mapuche (um p

Pesquisadores de MG descobrem seis novas espécies de tamanduá

Cientistas analisaram 33 amostras de DNA e examinaram mais de 280 espécimes O tamanduá-seda era entendido pelos pesquisadores como uma única espécie, mas agora se sabe que existem sete espécies diferentes - Divulgação Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) descobriu seis novas espécies de tamanduá-seda, achado que foi divulgado nesta segunda-feira no periódico " Zoological Journal ". O novo estudo combina dados genéticos e anatômicos para revisar a classificação desse animal. Os cientistas analisaram 33 amostras de DNA e examinaram mais de 280 espécimes, em museus de todo o mundo. Eles descobriram que o que anteriormente era considerado uma única espécie, a Cyclopes didactylus, é, na verdade, muito mais diverso: trata-se de sete espécies diferentes. Além do C. didactylus — considerado agora o tamanduá-seda comum —, existem outras seis. O tamanduá-seda comum é muito encontrado no norte da América do Sul e do Nordeste do Bra