Na verdade, a Lua não produz esse efeito sozinha. Os
movimentos de subida e descida do nível do mar – as chamadas marés – também
sofrem influência do Sol, dependendo da intensidade da força de atração dele e
da Lua sobre o nosso planeta. Assim como a Terra atrai a Lua, fazendo-a girar
ao seu redor, a Lua também atrai a Terra, só que de um jeito mais sutil. O
puxão gravitacional de nosso satélite tem pouco efeito sobre os continentes,
que são sólidos, mas afeta consideravelmente a superfície dos oceanos devido à
fluidez, com grande liberdade de movimento, da água. A cada dia, a influência
lunar provoca correntes marítimas que geram duas marés altas (quando o oceano
está de frente para a Lua e em oposição a ela) e duas baixas (nos intervalos
entre as altas). O Sol, mesmo estando 390 vezes mais distante da Terra que a
Lua, também influi no comportamento das marés – embora a atração solar
corresponda a apenas 46% da lunar.
Resumo da história: dependendo da posição dos dois astros em
relação ao nosso planeta, as marés têm comportamentos diferentes. É aí que
entram as fases lunares. Quando a Terra, a Lua e o Sol estão alinhados – ou,
como dizem os astrônomos, em oposição ou conjunção -, a atração gravitacional
dos dois últimos se soma, ampliando seu efeito na massa marítima. Por outro
lado, quando as forças de atração da Lua e do Sol se opõem, quase não há
diferença entre maré alta e baixa. Mas esse jogo de forças não é igual em toda
parte, porque o contorno da costa e as dimensões do fundo do mar também alteram
a dimensão das marés. “Em certas regiões abertas, a água se espalha por uma
grande área e sobe só alguns centímetros nas marés máximas. Em outras, como um
braço de mar estreito, o nível pode se elevar vários metros”, diz o oceanógrafo
Joseph Harari, da Universidade de São Paulo (USP).
Via mundoestranho
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