Quando o assunto é sexo, circula muito tabu e pouca informação
Você descobriu no dossiê “A vagina como ela é”, que 65% das mulheres
que têm entre 16 e 25 anos de idade se sentem desconfortáveis ao usar o termo
“vagina”. A aura de tabu e proibição que ronda o sexo e a genitália são
responsáveis por disseminar muitos mitos. Se alguns são só engraçados, como a
falsa associação entre o tamanho dos pés e o do pênis, outros tornam nossa vida
sexual pior e até reforçam visões de mundo machistas e misóginas.
1. Uma mulher que pratica relações sexuais com frequência ficaria com
a vagina mais “larga”.
Não há evidência científica de que a frequência com que uma mulher
pratica relações sexuais ou o tamanho do pênis de seus parceiros tenham
influência permanente sobre a anatomia da vagina. Ela é elástica, se expande e
contrai conforme a situação, sempre voltando ao seu estado original — um parto
é um ótimo exemplo disso.
Uma pesquisa publicada na revista científica Human Reproduction — que
lembra, logo na introdução, quão pouca atenção foi dedicada à anatomia vaginal
na história da medicina — analisou as dimensões da vagina de várias mulheres, e
tudo que pode confirmar é o já esperado: não há duas vaginas iguais, e todas as
variações percebidas eram associadas à idade e outras características
anatômicas, não ao uso.
2. A ejaculação feminina só existe em filmes pornográficos
O governo britânico, em uma medida polêmica de 2014, baniu a
ejaculação feminina da lista de práticas que poderiam ser filmadas pelas
produtoras de pornografia do país. Outras práticas excluídas foram atos que põe
em risco a vida dos atores ou que fazem apologia à violência sexual, como a
inserção de mãos no canal vaginal, conhecida como “fisting” e simulações de
estupro.
Acontece que, longe de ser ficção, não há nada de errado com a
ejaculação feminina. Um estudo publicado na revista científica Journal of
Sexual Medicine revelou que algo entre 10% e 40% das mulheres liberam urina
involuntariamente durante o orgasmo. O líquido, muitas vezes, vem misturado com
pequenas doses de uma secreção análoga à da próstata masculina.
3. O tamanho do pênis masculino está associado à cor da pele, à altura
ou a qualquer outra característica de um homem
É difícil de acreditar depois de anos de estereótipos injustificáveis,
mas a verdade é que não há absolutamente nada que possa prever com sucesso o
tamanho de um pênis masculino. E se você ainda tem alguma dúvida, basta ver
este estudo publicado na revista científica Journal of Urology, que mediu mais
de 15 mil pênis em busca de algum padrão perceptível, sem sucesso.
4. A circuncisão afeta o sensibilidade sexual
Não, a circuncisão não muda em nada o que você sente ou deixa de
sentir em uma relação sexual. Em outro estudo, também publicado no Journal of
Urology, foram testadas amostras iguais de homens que haviam passado e não
passado pelo procedimento cirúrgico. Os pênis passaram por testes de
sensibilidade ao calor, ao tato e a dor, e adivinhe só? Empate, claro.
5. A presença do hímem é um indicativo infalível de que uma mulher já
teve uma relação sexual
É claro que, em muitos casos, o hímem é rompido na primeira
penetração. Mas isso não é regra. A prática de atividade física, e o uso de
brinquedos sexuais ou de absorventes internos podem dar fim à membrana antes da
mulher fazer sexo pela primeira vez.
fonte: Revista galileu
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