VÍRUS ZIKA
A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou, nesta
segunda-feira (29), uma nota informativa que esclarece rumores sobre o vírus
Zika e a microcefalia. Entre os boatos citados estão a possível relação da
malformação em decorrência do uso de vacinas, larvicidas, mosquitos
geneticamente modificados, entre outros. A organização é taxativa em afirmar
que não há evidências científicas que possam relacionar os casos de Zika e de
microcefalia com o uso desses produtos.
Veja abaixo a nota traduzida na íntegra:
Esclarecendo rumores sobre Zika e microcefalia
29 de fevereiro de 2016
Não há evidências de que vacinas causam
microcefalias em bebês
Não existe evidência relacionando qualquer vacina ao
aumento de casos de microcefalia, identificados primeiramente na Polinésia
Francesa, na epidemia de 2013-2014, e mais recentemente no Nordeste brasileiro.
Não há evidência de que vacinas causam microcefalia em bebês.
Uma extensa análise dos documentos publicados em 2014 não encontrou prova de que nenhuma vacina aplicada durante a gravidez resultou em má-formação nos recém-nascidos. O Comitê Global de Aconselhamento em Segurança de Vacinas, que oferece aconselhamento científico independente à Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre questões de segurança das vacinas, chegou à conclusão similar em 2014.
Uma extensa análise dos documentos publicados em 2014 não encontrou prova de que nenhuma vacina aplicada durante a gravidez resultou em má-formação nos recém-nascidos. O Comitê Global de Aconselhamento em Segurança de Vacinas, que oferece aconselhamento científico independente à Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre questões de segurança das vacinas, chegou à conclusão similar em 2014.
Adicionalmente, agências reguladoras nacionais são
responsáveis por garantir que produtos distribuídos para uso da população, como
vacinas, sejam devidamente avaliados de maneira a obterem padrões
internacionais de qualidade e segurança. A OMS auxilia os países no
fortalecimento dos seus sistemas nacionais de regulamentação.
Não há evidência de que o inseticida
pyriproxyfen causa microcefalia
O Pyriproxyfen é um dos 12 inseticidas que a OMS
recomenda para reduzir as populações dos mosquitos. Larvicidas são inseticidas
que matam o mosquito no estágio larval.
Com base nas avaliações da OMS, não há indício de que o pyriproxyfen causa efeitos de desenvolvimento que podem resultar em microcefalia. A OMS continuará a avaliar evidências complementares sempre que disponíveis. A Agência Norte-Americana de Proteção Ambiental e investigadores da União Europeia chegaram à conclusão semelhante quando fizeram uma avaliação em separado do produto.
Larvicidas são armas importantes no arsenal da saúde pública. Especificamente em cidades e municípios nos quais não há água encanada, as pessoas tendem a beber água em recipientes dentro e fora de casa. Essas fontes de água, da mesma forma que espaços que acumulam água no lixo, calçada, vasos de plantas e pneus, servem como criadouros ideais para os mosquitos.
Larvicidas, como o pyriproxyfen, são usados em recipientes nos quais as pessoas armazenam água para impedir que as larvas se tornem mosquitos. Quando as pessoas bebem água de recipientes que foram tratados com pyriproxyfen, elas são expostas ao larvicida – mas em quantidades pequenas que não causam dano à saúde. Ainda, 90%-95% de qualquer larvicida são expelidos pela urina em até 48 horas. Esse produto vem sendo usado desde o final dos anos 1990, sem qualquer relação com efeitos colaterais de saúde.
Com base nas avaliações da OMS, não há indício de que o pyriproxyfen causa efeitos de desenvolvimento que podem resultar em microcefalia. A OMS continuará a avaliar evidências complementares sempre que disponíveis. A Agência Norte-Americana de Proteção Ambiental e investigadores da União Europeia chegaram à conclusão semelhante quando fizeram uma avaliação em separado do produto.
Larvicidas são armas importantes no arsenal da saúde pública. Especificamente em cidades e municípios nos quais não há água encanada, as pessoas tendem a beber água em recipientes dentro e fora de casa. Essas fontes de água, da mesma forma que espaços que acumulam água no lixo, calçada, vasos de plantas e pneus, servem como criadouros ideais para os mosquitos.
Larvicidas, como o pyriproxyfen, são usados em recipientes nos quais as pessoas armazenam água para impedir que as larvas se tornem mosquitos. Quando as pessoas bebem água de recipientes que foram tratados com pyriproxyfen, elas são expostas ao larvicida – mas em quantidades pequenas que não causam dano à saúde. Ainda, 90%-95% de qualquer larvicida são expelidos pela urina em até 48 horas. Esse produto vem sendo usado desde o final dos anos 1990, sem qualquer relação com efeitos colaterais de saúde.
Não há evidência de que a epidemia de Zika
e os aumentos incomuns de casos de microcefalia no Brasil estejam relacionados
ao mosquitos geneticamente modificados no Brasil
Não existem evidências de que o vírus Zika ou a
microcefalia no Brasil sejam causados por mosquitos geneticamente modificados.
Nos mosquitos geneticamente modificados, os genes dos machos são alterados. Por
conta das mudanças, quando eles acasalam com as fêmeas, as larvas não
sobrevivem. Essa prática busca controlar e reduzir significantemente as
populações de mosquitos.
A OMS incentiva países afetados, bem como seus parceiros, a ampliar o uso das atuais ações de intervenção e controle como a forma mais imediata de reação, e a testar judiciosamente novas abordagens que possam ser utilizadas no futuro.
A OMS incentiva países afetados, bem como seus parceiros, a ampliar o uso das atuais ações de intervenção e controle como a forma mais imediata de reação, e a testar judiciosamente novas abordagens que possam ser utilizadas no futuro.
Não há evidência de que mosquitos
esterilizados contribuam para o aumento do Zika
Uma técnica que vem sendo desenvolvida para impedir o
Zika é o lançamento em massa de mosquitos esterilizados com baixas doses de
radiação. Quando um macho estéril acasala, os ovos da fêmea não sobrevivem. A
técnica vem sendo usada de forma bem sucedida e em larga escala para controlar
pragas que ameaçam a agricultura e pecuária. Não há prova de que a técnica tem sido
associada com o aumento de casos de microcefalia ou qualquer anomalia ou má
formação.
A OMS incentiva países afetados, bem como seus parceiros, a ampliar o uso das atuais ações de intervenção e controle como a forma mais imediata de reação, e a testar judiciosamente novas abordagens que possam ser utilizadas no futuro.
A OMS incentiva países afetados, bem como seus parceiros, a ampliar o uso das atuais ações de intervenção e controle como a forma mais imediata de reação, e a testar judiciosamente novas abordagens que possam ser utilizadas no futuro.
Bactérias usadas para controlar a
população masculina dos mosquitos não estão expandindo o Zika
Bactérias, como a Wolbachia, são usadas para controlar
populações de mosquitos; elas não afetam seres humanos ou outros animais. A
Wolbachia é encontrada em 60% dos insetos comuns, como moscas e borboletas.
Mosquitos portadores da bactéria Wolbachia foram soltos em vários lugares, como
Austrália, Brasil, Indonésia e Vietnã, de maneira a controlar a Dengue (que é
transmitida pelo mesmo mosquito do Zika). Quando as fêmeas acasalam com machos
portadores da bactéria, os ovos não eclodem, reduzindo as populações.
Peixes podem ajudar a acabar com o Zika
Alguns países afetados por Zika e Dengue estão usando
métodos biológicos como parte de uma abordagem integrada de controle dos
mosquitos. El Salvador, por exemplo, com grande apoio das comunidades de
pescadores, está introduzindo peixes que se alimentam de larvas em recipientes
de armazenamento de água.
fonte:portalsaude
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